Caso Hitomi: duas semanas após assassinato, corpo de japonesa será cremado
Procuração foi dada a conhecido da vítima para clamar o corpo no IML e realizar a cremação. Liberação aguarda documentações
atualizado
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Duas semana após o assassinato, o corpo de Hitomi Akamatsu aguarda liberação na Polícia Científica de Anápolis (GO). Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML), um conhecido da japonesa, morta em Abadiânia no último dia 10, tem uma procuração para clamar o corpo e proceder com a cremação.
A certidão de óbito foi retirada nessa segunda-feira (23/11), ficando pendente a autorização da Justiça para que o procurador possa liberar o cadáver. A embaixada japonesa, que buscava uma definição para o corpo da mulher de 43 anos, ainda não confirmou se familiares dela estão cientes do ocorrido e do procedimento que será adotado.
Com o corpo da vítima sob os cuidados das autoridades, enquanto aguarda pela liberação, os investigadores esperam a conclusão da perícia na área onde ocorreu o crime. O resultado definirá em quais circunstâncias Hitomi morreu, sendo possível determinar se ela sofreu outros tipos de violência. O acusado tem passagem por estupro, cometido em setembro de 2017.
Latrocínio
Hitomi Akamatsu foi encontrada morta na segunda-feira (16/11). O acusado contou aos investigadores que precisava de dinheiro para pagar uma dívida com traficantes da região. Por isso, em 10 de novembro, tentou assaltar Hitomi, que teria reagido. Com medo de ser denunciado, disse que enforcou a vítima com uma camisa e escondeu o corpo.
O laudo cadavérico, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, desmente a versão contada por Rafael Lima da Costa, réu confesso do crime. Segundo o parecer, a morte de Hitomi foi provocada por fratura no crânio em decorrência de golpe na cabeça.
A japonesa era sobrevivente do acidente nuclear de Fukushima, ocorrido em 2011, no Japão, e estava desaparecida havia mais de uma semana. “Ela mudou-se para o Brasil havia cerca de dois anos, para fazer um tratamento espiritual na cidade. Segundo informações, ela saiu do Japão, após sobreviver ao acidente da usina de Fukushima, inclusive, por isso, procurou tratamento”, explicou o delegado Albert Peixoto.
Hitomi, que era adepta dos procedimentos espirituais oferecidos pela Casa Dom Inácio Loyola, foi encontrada enterrada próxima a uma cachoeira na propriedade do centro. A Polícia Civil de Goiás (PCGO), no entanto, não faz ligação da morte da estrangeira com as investigações envolvendo o médium, preso e condenado por estupro dentro do centro espiritual.
A PCGO investigava o desaparecimento de Hitomi desde domingo (15/11), quando um amigo da vítima procurou os policiais para dizer que não tinha notícias da mulher fazia uma semana.