Entidades do DF fazem firme defesa de delegado denunciado pelo MP
Sindepo e Adepol soltaram nota em que criticam membros do MP e dizem que darão total apoio ao titular da 33ª DP (Santa Maria)
atualizado
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O Sindicato e a Associação dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo e Adepol) fizeram uma firme defesa do delegado da Polícia Civil do DF Rodrigo Larizzatti, titular da 33ª DP (Santa Maria), e repudiaram a denúncia feita pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) contra o policial. O delegado é acusado de prevaricação, sonegação de documento público e desobediência no curso de investigações policiais.
Segundo nota divulgada pelas entidades, a ação “indica arbitrário abuso de poder praticado por um órgão de extrema relevância para a sociedade, que tem como mister zelar pela Justiça, o que não se coaduna com leviandades.” Além disso, as entidades dizem que “causa estranheza o fato de o MP mover caro aparato da Justiça criminal para apurar questiúncula (questão pequena) como essa sem prévia apuração administrativa.”
Na denúncia, o MP alega que Larizzatti não estava presente na 33ª DP no dia 13/10, para atender uma vítima de violência doméstica, por estar participando de campanha à presidência da Adepol. O delegado também é acusado de não atender requisição ministerial para instauração de inquérito policial e de não anexar documentos importantes em uma investigação que apura o estupro de uma adolescente. Em janeiro deste ano, o delegado divulgou vídeo criticando a atuação dos promotores e de juízes na liberação, sem fiança, de presos após uma audiência de custódia.
As entidades destacam na nota que não houve qualquer recusa, omissão ou sonegação por parte de Larizzatti. O delegado, de acordo com o Sindepo e a Adepol, responde sozinho pela unidade policial desde setembro. “Considerando que o delegado adjunto está afastado de licença médica, e o cartório cobrindo plantões em centrais de flagrantes, ficando sob sua responsabilidade todos os procedimentos da unidade”, afirma o documento.A nota produzida pelas entidades ressalta que a vítima de violência doméstica que compareceu à 33ª DP foi integralmente atendida pela seção de atendimento à mulher e que havia delegado de plantão na 20ª DP (Gama) para a adoção de medidas urgentes cabíveis. “Deste modo, a ausência do delegado Larizzatti no referido dia em nada prejudicou as providências e de modo algum a vida da vítima foi colocada em risco por sua ausência”, apontaram a Adepol e o Sindepo.
As entidades integradas finalizam afirmando que darão todo o suporte necessário à defesa de Rodrigo Larizzatti e, caracterizado o abuso, buscarão a responsabilização dos denunciantes e a reparação dos graves danos causados à imagem do delegado.