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Entenda como começou o caso de raiva humana no Distrito Federal

Adolescente foi arranhado por gato em maio deste ano e quase um mês depois começou a sentir os sintomas. Ele está internado em estado grave

atualizado

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Breno Esaki/Agência Saúde-DF
Entrada do laboratório de raiva no DF
1 de 1 Entrada do laboratório de raiva no DF - Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

O caso de infecção de raiva humana no Distrito Federal teve início em maio deste ano. O adolescente, que está na faixa etária de 15 a 19 anos, foi arranhado por um gato e, menos de um mês depois, começou a sentir os sintomas.

O jovem está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) em estado grave.

Segundo a Secretaria de Saúde, o jovem foi ferido pelo felino em 25 de maio. O diretor de Vigilância Epidemiológica do DF, Fabiano dos Anjos, explica que, em 15 de junho, ele começou a apresentar sintomas e, cinco dias depois, procurou por atendimento.

“Em 22 de junho, a pasta foi notificada sobre o caso. Um dia depois, realizamos uma visita técnica e nos reunimos com o Ministério da Saúde. Em 24 de junho, foi feita a avaliação e a profilaxia das pessoas que tiveram contato com o animal suspeito”, diz.

Em 2 de julho, a secretaria encaminhou os exames do rapaz para o laboratório de referência. Dois dias depois, o resultado deu positivo. Ele estava infectado com raiva, variante 3, ou seja, originária do morcego.

Sobre o animal

O diretor da Vigilância Ambiental do DF, Laurício Monteiro, afirma que ainda não foi ser possível localizar o gato que arranhou o jovem. A família informou que, dias antes da internação do paciente, após se envolver em uma briga com outro gato, o animal sumiu.

“Na investigação, foi possível colher a informação de que, na noite do dia 18 para 19 (de junho), houve uma briga de gatos. A gata de 2 meses se envolveu nessa briga e ela desapareceu. O gato está desaparecido”, comenta.

Laurício diz que, em casos de raiva em que o animal é identificado, o protocolo manda que ele fique em observação por 10 dias. “O animal morre neste período. Jamais ele será eutanasiado.”

Na região em que o paciente mora, todos os animais já foram vacinados como forma de prevenção. As outras 13 pessoas que tiveram contato com o felino infectado também estão em observação e receberam as ações de profilaxia. Até o momento, nenhuma outra testou positivo para raiva.

Prevenção

Laurício explica que a melhor forma de prevenir a infecção por raiva nos animais é por meio da vacinação. Devido ao caso do adolescente, a campanha foi antecipada e começa nesta quarta-feira (5/7). 

“Devem se vacinar cães e gatos a partir de três meses de idade. Até os gestantes podem ser vacinados. Isso é muito importante para que esses animais não se contaminem e, assim, não contaminem seus donos”, explica.

Confira aqui os postos fixos de vacinação antirrábica de cães e gatos.

Identificação

Quando o animal está contaminado com o vírus da raiva animal pode tornar-se agressivo, mordendo pessoas, animais e objetos, ou ficar triste, procurando lugares escuros; O latido torna-se diferente do normal; Fica de boca aberta e com muita salivação; Recusa alimento ou água, tendo dificuldade de engolir (parecendo engasgado); Fica sem coordenação motora, passa a ter convulsões, paralisia das patas traseiras (como se estivesse descadeirado); paralisia total e morte.

Cuidados em caso de agressão por animal (mordedura, arranhadura e lambedura):

  • Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
  • Procurar uma unidade de Saúde para avaliar a necessidade de profilaxia antirrábica (vacina ou soro);
  • Informar ao profissional de saúde sobre a condição de saúde do animal (alteração do comportamento, agressividade);
  • Nunca interromper o tratamento profilático (vacinação) por conta própria;
  • Em casos de animais suspeitos acionar a vigilância ambiental para recolhimento do animal e análise pelo 160 ou email: zoonosesdf@df.gov.br.

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