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Enganada, moradora do Lago Sul dá R$ 100 mil em joias a astróloga

Quantia foi cobrada por mulher na Asa Sul para, supostamente, afastar “espíritos malignos” da vítima

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PCDF prende falsa vidente que fez empreária entregar R$ 100 mil em joias
1 de 1 PCDF prende falsa vidente que fez empreária entregar R$ 100 mil em joias - Foto: Reprodução/PCDF

Durante trabalho realizado por uma falsa astróloga que atua na Asa Sul, uma empresária de 47 anos entregou R$ 100 mil em joias para, ao que tudo indica, afastar “espíritos malignos”. Depois de perceber o golpe, a vítima procurou a Polícia Civil. Investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) deflagraram operação e conduziram a vidente até a DP. Após prestar depoimento, a mulher devolveu as joias e foi liberada.

Com os bens em mãos, a empresária, moradora do Lago Sul, decidiu não dar prosseguimento com a queixa.

De acordo com as investigações, no último dia 15, o telefone da empresária tocou. Do outro lado da linha, a mulher que se apresenta como astróloga nas redes sociais informou que precisava lhe passar uma informação pessoalmente. A sensitiva disse ter conhecimento de vários fatos da vida dela e de seu pai e insistiu muito para que a vítima fosse sozinha até a sua casa.

A empresária atendeu o pedido. No dia 18 de abril, ela foi até a residência da astróloga, que, segundo o combinado, faria uma oração e não cobraria nada. Porém, ao final da sessão, ela disse à vítima que precisaria fazer um trabalho espiritual para ela e cobrou a quantia de R$ 820, para, supostamente, comprar o material necessário na execução do serviço.

A vítima concordou e pagou a quantia.

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A sensitiva foi levada para a delegacia e devolveu as joias
A PCDF conduziu a sensitiva até a delegacia para que os bens fossem recuperados pela vítima
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A empresária entregou R$ 100 mil em joias após ouvir que entidades malignas estavam atrasando sua vida

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A sensitiva foi levada para a delegacia e devolveu as joias

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A PCDF conduziu a sensitiva até a delegacia para que os bens fossem recuperados pela vítima

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Entidades malignas

Quatro dias depois, a empresária retornou à casa da vidente e ouviu que alguém tinha feito um “trabalho” que estava prejudicando a sua vida. Para desfazê-lo, a astróloga disse que a vítima teria que pagar a quantia de R$ 820 multiplicada por 72 vezes, pois tinham 72 entidades atuando contra a ela.

Para pressionar a empresária, a astróloga exigiu que o pagamento fosse feito naquele momento. Assustada, a vítima entregou nove pulseiras de ouro e brilhantes que estava usando. Não satisfeita, a vidente ainda exigiu outras joias. A vítima foi até sua casa para pegá-las e, em seguida, as entregou para a astróloga.

Quando percebeu que havia caído em um golpe, ligou para a sensitiva para que ela lhe devolvesse as joias. Em resposta, ouviu da golpista que apenas estava em poder de parte delas e que, para devolvê-las, a vítima teria que lhe pagar a quantia de R$ 45,9 mil. Após comunicar os fatos aos seus familiares, a vítima procurou a 1ª DP. Os policiais orientaram a empresária a retornar até a casa da astróloga e exigir a devolução de suas joias.

Equipes acompanharam a vítima até o local e, de longe, aguardaram a conversa. A astróloga teria devolvido apenas uma parte das joias. Com isso, a operação policial foi deflagrada e a suspeita foi conduzida para a delegacia. Na unidade policial, após ser informada que poderia ser presa em flagrante pelo crime de estelionato, decidiu devolver o restante das joias. Satisfeita com a resolução do caso, a vítima decidiu não dar prosseguimento na ocorrência policial e a astróloga acabou liberada.

Mais casos

Responsável pela investigação, o delegado adjunto da 1ª DP, João de Ataliba Neto, afirmou que não é a primeira vez que a PCDF atua em casos de estelionatos desse tipo. Em 2015, uma falsa taróloga que atuava em Águas Claras foi presa. Na ocasião, ela havia induzido um homem a pagar R$ 16 mil  em espécie para desfazer um trabalho espiritual que haviam feito contra ele.

Segundo o delegado,  os autores se aproveitam da fragilidade emocional e espiritual de suas vítimas e fazem com que elas entreguem vultosas quantias em dinheiro ou mesmo bens materiais, como joias. “Muitas vezes as vítimas, com vergonha do golpe sofrido ou mesmo por temer a reação de familiares, assumem o prejuízo e não denunciam os autores às autoridades”, disse.

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