Enfermeira agredida por bolsonarista é ouvida pela PCDF: “Estava furioso”
Outras duas profissionais que estavam no ato também prestaram depoimento nesta sexta (08/05). Principal agressor ainda será intimado
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal começou a colher o depoimento das enfermeiras e profissionais de saúde agredidos durante um protesto a favor do isolamento social na última sexta-feira (01/05), Dia do Trabalhador, na Praça dos Três Poderes. O grupo agressor estava vestido de verde e amarelo e apoiava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O caso ganhou repercussão nacional após vídeos viralizarem nas redes sociais.
Três enfermeiras foram ouvidas nesta sexta-feira (08/05), na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
De acordo com uma delas, ouvida pela reportagem, houve empurrões e xingamentos. “Ficaram mais exaltados quando uma das minhas colegas começou a gravá-los e isso me incomodou muito. Foi quando precisei descumprir o distanciamento para me aproximar dela e mostrar que ela não estava sozinha”, disse a mulher, sem querer se identificar.
Acusado
O homem que aparece nas gravações era funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Renan da Silva Sena chegou a xingar e cuspir nas enfermeiras.
Desligado da empresa terceirizada do MMFDH após agredir as profissionais de saúde, Renan da Silva Sena ainda não foi ouvido em termo de declaração na delegacia. Segundo investigadores da unidade policial, ele será intimado a prestar esclarecimentos depois que todas as vítimas forem ouvidas.
No ministério chefiado por Damares Alves, Sena atuou como analista de projetos do setor socioeducativo. O contrato dele foi feito por intermédio da G4F Soluções Corporativas Ltda. Contratada por R$ 20 milhões, a empresa que presta serviços nas áreas de apoio administrativo e operacional à pasta demitiu o funcionário, que já estava sem justificar faltas ao trabalho, nessa segunda-feira (04/05).