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Energia furtada no DF em 2024 abasteceria Taguatinga por um mês

Neoenergia recuperou 67 milhões de kWh de energia furtada, entre janeiro e setembro, total suficiente para abastecer Taguatinga por 30 dias

atualizado

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1 de 1 Neoenergia 1 - Foto: Divulgação/Neoenergia

Entre janeiro e setembro deste ano, a Neoenergia Brasília recuperou 67 milhões de kWh de energia provenientes de ligações clandestinas no Distrito Federal. A quantidade desviada nos “gatos” seria suficiente para abastecer todas as casas e os comércios de Taguatinga por um mês. A região administrativa está em primeiro lugar entre as que acumulam mais ocorrências desse tipo.

O furto se caracteriza quando um imóvel “puxa” energia diretamente da rede elétrica, sem meios de aferição do consumo da unidade nem conhecimento da empresa. Mais de 1,5 mil locais que usavam a energia de forma indevida foram regularizados pela distribuidora nos primeiros nove meses deste ano. Isso representou, em média, seis por dia.

Supervisor de Proteção da Receita da Neoenergia Brasília, Wilson Matias afirmou que toda a energia não registrada tem sido cobrada pela empresa por meio de processos administrativos.

“Nosso trabalho visa regularizar os clientes para que possam consumir de forma regular, com segurança e sem interferir na qualidade da distribuição”, comentou. “Neste ano, também identificamos um aumento de fraudes em clientes com energia solar; com isso, intensificamos as fiscalizações nesse nicho.”

A Neoenergia Brasília ressaltou que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática pode provocar acidentes graves. Para registrar denúncia de “gatos” de energia, os clientes podem entrar em contato pelos canais de atendimento da concessionária, sem precisar se identificar.

Nos primeiros seis meses deste ano, a Neoenergia Brasília recuperou 43 milhões de kWh de energia furtada. No período, ocorreram 216 autuações pelo furto total de 7,8 milhões de kWh de energia só em Taguatinga.

Em outubro último, a empresa e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticularam um esquema de fraudes em medidores de energia elétrica de motéis. O esquema, que resultava na redução significativa dos valores devidos pelo consumo, caracteriza o crime de furto mediante fraude e estelionato.

Com os 860 mWh de energia desviados, a fraude provocou um prejuízo aproximado R$ 860 mil. A quantidade furtada seria suficiente para abastecer mais de 4,7 mil unidades consumidoras por 30 dias, segundo a Neoenergia.

Quando é identificado um desvio de energia, toda a energia não medida e consumida é cobrada por meio de processo administrativo. Em caso de regularização, as ilegalidades são desconsideradas; os estabelecimentos, regularizados; e as constatações, enviadas à PCDF, para que os responsáveis pelos crimes respondam criminalmente pelas ações.

A empresa frisou que os “gatos de energia” representam riscos para a segurança de quem os faz e da população. “A prática ilegal prejudica o fornecimento da região, podendo causar graves problemas para a rede elétrica e a interrupção do abastecimento”, concluiu a empresa.

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