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“Encerrado, graças a Deus”, diz secretário de Segurança de Goiás após morte de Lázaro

Em comunicado, a secretaria de Segurança Pública de Goiás disse que fará uma coletiva de imprensa ainda hoje, para detalhar a operação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás
1 de 1 Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, comentou a operação que acabou com a prisão e morte do maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, nesta segunda-feira (28/6). Ele foi atingido diversas vezes em uma troca de tiros com homens da força de segurança que atuam no local há 20 dias, em uma caçada intensa ao criminoso.

“Encerrado, graças a Deus”, disse Miranda na chegada ao centro de operações montado em Girassol, município de Cocalzinho (GO), após a conclusão do caso, que se arrastava havia 20 dias.

Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez o anúncio em suas redes sociais de que o serial killer teria sido preso. Momento depois, o chefe do Executivo goiano confirmou a morte do suspeito. O corpo foi levado para o Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas (GO), e deve ser encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para necropsia.

Após o confronto no matagal, Lázaro ainda chegou a ser socorrido e levado a uma viatura do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. Imagens obtidas pelo Metrópoles (foto em destaque) mostram o momento em que o maníaco chega à unidade policial em uma maca.

Veja o vídeo do momento em que Lázaro é socorrido:

 

Ao ser cercado, Lázaro teria dito aos policiais: “Eu vou morrer, mas vou levar vocês”.

Aplausos

Os policiais que participaram da caçada ao criminoso durante 20 dias foram aplaudidos na base da força-tarefa. As pessoas ainda soltaram fogos em comemoração ao término das buscas ao foragido.

“Estamos felizes demais. Eram 20 dias de angústia. Sem dormir. Preocupados. Eles são guerreiros. Merecem todo o nosso apoio pela dedicação. Agora é hora de comemorar”, disse Larissa Alves, 34 anos, moradora da região.

“Gostaríamos que ele fosse pego vivo. Ele precisava esclarecer os outros crimes. De qualquer forma, estamos aliviados. Esperávamos que fosse capturado o mais rápido possível. Estávamos acusados. Agora teve desfecho”, Cristiane Soares, 39, comerciante da região.

Fuga cinematográfica

O maníaco estava foragido havia 20 dias. Nesse período, invadiu várias propriedades rurais fez reféns, roubou alimentos e impôs terror com violência e ameaças.

Durante a madrugada desta segunda, câmeras de segurança flagraram Lázaro andando por uma rua perto da casa da ex-sogra, em Águas Lindas. Nas primeiras horas da manhã, agentes cercaram o local. Após a mobilização de cães farejadores e helicópteros, o psicopata foi localizado, mas não se rendeu e abriu fogo contra a guarnição, que revidou.

Pessoas ligadas a Lázaro chegaram a fazer contato com um advogado criminalista para negociar sua rendição. O foragido planejava se entregar à polícia de uma forma que garantisse a sua integridade física.

Telefones de familiares, amigos e um aparelho que Lázaro carregava pela mata durante a fuga cinematográfica foram grampeados e monitorados pelas equipes de investigação. As informações facilitaram a prisão do maníaco.

Veja o vídeo do anúncio do governador de Goiás:

Na terça-feira (22/6), em entrevista exclusiva ao Metrópoles, um criminalista chegou a dar indicativos de que o serial killer pretendia colocar um ponto final na fuga. O defensor assegurou ter sido abordado por um grupo religioso que estaria auxiliando Lázaro. “Me especularam se eu tinha condições de garantir a integridade física dele”, afirmou ele, que pediu para não ser identificado.

Chacina

O cerco ao autor da chacina que aterrorizou moradores da região do Incra 9, em Ceilândia, e de Cocalzinho (GO) durou 20 dias e terminou depois que Lázaro trocou tiros duas vezes com a polícia e também com um caseiro de uma chácara em Areia Branca.

O Metrópoles apurou que Lázaro teria pedido comida, e o caseiro não quis dar. Ele, então, efetuou disparos contra a janela da chácara, e o funcionário revidou. O caseiro não ficou ferido.

Tiros
Janela de chácara onde Lázaro efetuou disparos nesta segunda

Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada de 9 de junho, no Incra 9, em Ceilândia.

O corpo de Cleonice foi encontrado três dias depois, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

Veja fotos das operações em Goiás:

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Lázaro Barbosa, foragido que mobilizou a polícia de GO e do DF em junho deste ano

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Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles
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Coronel da PMDF Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações

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Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás

Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles

Veja a cronologia do crime:

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Ele era procurado por uma força-tarefa
Carro incendiado por Lázaro em um dos assaltos
O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGO
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Lázaro fugiu pela mata por 20 dias

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Ele era procurado por uma força-tarefa

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Carro incendiado por Lázaro em um dos assaltos

Gustavo Moreno/Especial para o Metrópoles
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O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGO

Reprodução/PCDF

Desde que matou a família Vidal, Lázaro escapou do cerco policial e invadiu propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele entrou em outras duas propriedades. Obrigou os chacareiros a cozinhar para ele e, até, fumar maconha. Sempre agressivo, chegou a roubar e incendiar um carro, próximo a Cocalzinho.

No dia 12/6, ele invadiu a fazenda da família de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel. Ele fez o caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o funcionário a consumir a droga.

Segundo a corporação, o soldado chegou à propriedade, no início da noite, foi até a cancela e, provavelmente, ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como refém.

O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca de 700m, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram que o suspeito da chacina colocaria fogo na casa e não o fez por causa das vítimas.

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