Empresários suspeitos de lavar R$ 5 milhões são alvos da PCDF
São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em várias regiões da capital do país
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deflagrou nesta sexta-feira (28/8) a segunda fase da Operação Makhfi. A ação investiga empresários suspeitos de sonegar R$ 5 milhões e de praticar lavagem de dinheiro.
São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em várias regiões do Distrito Federal. A investigação é conduzida pela Divisão de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (Dicot), da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), com apoio com o apoio Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária (Pdot), e da Subsecretaria da Receita do Distrito Federal.
Participam da ação cerca de 50 policiais civis e auditores fiscais da Receita Distrital. As buscas ocorrem em Ceilândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, SIA, Taguatinga e Ceilândia, em residências e duas empresas, sendo uma delas uma revenda de carros de luxo. Até o momento já foram apreendidos quatro veículos, R$ 12 mil em dinheiro e duas armas com irregularidades nos registros.
Primeira fase
A primeira fase da operação ocorreu em 16 de julho, quando foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em residências e empresa do ramo e material esportivo situadas no DF. O inquérito policial que originou a primeira fase da operação resultou no indiciamento dos investigados nos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
“A análise do material apreendido fez emergir o envolvimento de outros indivíduos, razão pela qual foi instaurado novo inquérito policial visando elucidar completamente a participação destes no grupo criminoso, bem como a prática de outros crimes”, explicou o delgado Ricardo Gurgel, diretor da Dicot.
As medidas deflagradas nesta sexta-feira (28/8) visam colher elementos para aprofundar as investigações, comprovando o envolvimento dessas outras pessoas no esquema criminoso.
Os investigadores buscam comprovar a relação dos envolvidos com atos de lavagem de dinheiro praticados pelo grupo por meio de empresas de variados ramos. Além de transações de imóveis e carros de luxo. A policia também busca bens que foram ocultados com objetivo de saldar o passivo tributário das empresas investigadas, que ultrapassa o valor de R$ 5 milhões.
“A atuação conjunta da Polícia Civil, Ministério Público e Receita Distrital tem como fim a completa elucidação dos fatos e a interrupção da atividade criminosa, com a consequente descapitalização do grupo criminoso e reparação do prejuízo ao erário”, ressaltou o delegado.