Empresários propõem horários diferentes para comércio funcionar
Plano foi apresentado pelos empresários ao governador Ibaneis Rocha (MDB) na manhã desta quinta
atualizado
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Lojas de roupa sem provador, manicure só com hora marcada, ambientes com quantidade limitada de clientes. A Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio) apresentou ao governador Ibaneis Rocha (MDB), na manhã desta quinta-feira (23/04), plano para a reabertura dos estabelecimentos a partir de 3 maio.
O plano propõe horários alternados para a liberação do comércio, em até três turnos. Assim, seria possível evitar a sobrecarga do transporte público e aglomerações. A ideia, caso aprovada, valeria para lojas de rua e centros comerciais.
As propostas apontam como cada segmento deve se portar após a reabertura. “No setor de beleza, por exemplo, sugerimos que os atendimentos sejam realizados apenas com agendamento, para evitar aglomerações nos espaços. Acredito que seja melhor ter esse retorno mais cauteloso e orientado do que o comércio continuar fechado, gerando prejuízos e aumentando o número de desempregados na cidade, que já é alto”, destacou o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia.
Quanto aos bares e restaurantes, caso possam reabrir, a proposta inclui a disponibilização de álcool em gel em todas as mesas. Além disso, o garçom não poderá servir o cliente. Não seria permitido dançar no local – e em caso de música, só ambiente.
Já no comércio varejista, que inclui os shoppings da cidade, a sugestão é que a abertura seja feita em horários específicos, para que o tráfego de clientes e profissionais não coincida com o pico de movimento do transporte público. Além disso, as orientações são no sentido de que as portas das lojas estejam sempre abertas e os espaços ventilados, que haja boa higienização, que seja feita aferição de temperatura de todos os funcionários, entre outras diretrizes. Atualmente, o DF conta com 20 shoppings, o que significa 2,4 mil lojas gerando cerca de 20 mil empregos.
“A reabertura gradual do comércio é uma oportunidade de recomeçarmos. Quando tudo isso passar, viveremos uma nova realidade. O mundo inteiro mudou. Os protocolos de saúde devem ser atendidos e compreendidos pelos empresários, sob pena de o comércio fechar as portas novamente”, assinalou Francisco Maia.
Durante a reunião, os empresários ouviram a decisão do GDF de não reabrir todos os segmentos, incluindo bares e restaurantes. Por outro lado, foram anunciados o lançamento de um fundo garantidor de crédito de R$ 200 milhões e a parceria com o Fundo de Aval da Micro e Pequena (Famp) do Sebrae para apoiar quem não puder voltar às atividades.
Participaram do encontro representantes da Fecomércio, do Sebrae e de outros segmentos, como a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).