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Empresário preso por dirigir bêbado paga fiança de R$ 50 mil e é solto

Giampiero Rosmo foi preso em flagrante nesse domingo por embriaguez ao volante e injúria racial. Ele teria causado acidente no Lago Sul

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Giampiero Rosmo
1 de 1 Giampiero Rosmo - Foto: Giovana Bembom/Metrópoles

O empresário Giampiero Rosmo, 45 anos, preso por embriaguez ao volante e injúria racial após causar acidente na QI 11 do Lago Sul, foi liberado na tarde desta segunda-feira (16/5), após pagar fiança de R$ 50 mil. O homem foi preso em flagrante nesse domingo (15/5) após bater no carro de um motorista de transporte por aplicativo e humilhar a vítima.

O valor da fiança foi estipulado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). A fiança paga por uma pessoa acusada criminalmente é uma caução que serve para eventual pagamento de multa, de despesas processuais e de indenização no caso de condenação judicial definitiva. Após pagar a fiança ela passa a responder ao processo em liberdade, mas deve cumprir algumas obrigações.

Uma delas é o comparecimento à delegacia todas as vezes em que houver intimação para atos do inquérito ou do processo. Além disso, o acusado não poderá mudar de residência sem permissão ou ausentar-se por mais de oito dias de casa sem informar o lugar onde pode ser encontrado. Segundo a defesa de Giampiero, o empresário espera reaver o dinheiro.

“Sendo provada a inocência, como de fato está provada, com base no laudo da polícia, a fiança será devolvida”, disse o advogado Alexandre Garcia, que representa o empresário (veja o posicionamento da defesa no fim da matéria). Estava prevista audiência de custódia para esta segunda, mas a oitiva não aconteceu.

O acidente

No local da colisão, testemunhas relataram que Giampiero estava exaltado. Ele tentou fugir mesmo com o carro destruído, urinou na via e ofendeu o condutor do outro veículo envolvido no acidente, um motorista de transporte por aplicativo. Proferiu xingamentos, como: “Venezuelano maconheiro”, “venezuelano ilegal” e “Che Guevara”, motivo pelo qual foi autuado pelo crime de injúria racial.

O suspeito estava sob efeito de álcool e dirigia um Ford Territory, avaliado em cerca de R$ 200 mil, quando colidiu contra o Palio Weekend do condutor de app, que estava com uma passageira. Rosmo recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Todos foram conduzidos à 1ª DP (Asa Sul). Giampiero Rosmo foi preso em flagrante e teve a fiança arbitrada.

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Motorista tentou fugir
Empresário xingou o motorista de transporte por aplicativo
Polícia Militar foi acionada
Caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul)
Carros ficaram amassados
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Acidente ocorreu no Lago Sul

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Motorista tentou fugir

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Empresário xingou o motorista de transporte por aplicativo

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Polícia Militar foi acionada

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Caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul)

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Carros ficaram amassados

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Passageira se feriu

Arquivo cedido ao Metrópoles

O motorista de app detalhou que pegou a passageira na Península dos Ministros, no Lago Sul, por volta das 17h40. No momento em que seguiu para pegar um retorno, foi atingido por outro veículo.

Ele narra que a batida foi muito forte – o impacto deixou os dois carros completamente amassados. Giampiero Rosmo teria tentado sair do local dando partida no automóvel, mas foi impedido pelo condutor de app e pela passageira.

Ao ser interceptado, ele chegou a fazer gesto obsceno, dando dedo para as vítimas, e começou a urinar na frente de ambos. A PMDF foi acionada. Mesmo na presença dos militares, o empresário teria ofendido o condutor do Pálio, ao chamá-lo de “venezuelano ilegal” e dizer que ele não poderia trabalhar no Brasil. Ameaçou processá-lo. Emendou xingando o profissional de “venezuelano maconheiro” e “Che Guevara”.

A passageira do veículo acrescentou que, devido ao impacto da colisão, o carro em que ela estava chegou a rodar três vezes na pista. Ferida, a mulher foi levada para fazer exames no Instituto Médico Legal (IML). Os veículos passarão por perícia no Instituto de Criminalística (IC).

Saiba quem é o empresário flagrado bêbado que xingou venezuelano no DF

O outro lado

Confira a íntegra da nota enviada pelo advogado Alexandre Garcia C. J. Jorge, que faz a defesa de Giampiero Rosmo.

“Entendemos que a prisão em flagrante foi injusta, haja vista que o meu cliente não havia ingerido bebida alcóolica, portanto sem qualquer possibilidade estado de embriaguez e, embora não tenha feito o teste do bafômetro, foi submetido ao exame pelo Instituto Médico Legal (IML) da própria Polícia Civil do Distrito Federal, onde o Médico, Dr. Paulo Machado Ribeiro Júnior, que é servidor da PCDF, bem atestou que o meu cliente estava com “marcha normal, equilíbrio estático preservado, orientação preservada, memória preservada, pensamento lógico, coordenação motora preservada, estado emocional calmo, elocução normal, conjuntivas normais, pupilas normas”, concluindo que “não há vestígios de álcool”.

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