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Empresário preso em festa por tráfico era monitorado desde o Carnaval

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, Roberto Postiga Nogueira já era investigado por repassar ecstasy em eventos

atualizado

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Foto: PCDF/Divulgação
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) afirmou nesta segunda-feira (22/04/2019) que a Operação L1 na Real, realizada na madrugada do útimo domingo, em uma festa eletrônica no centro de Brasília, tinha como alvo Roberto Postiga Nogueira, de 38 anos. O empresário, que continua preso, era acompanhado de perto pelos investigadores desde o Carnaval, no começo de março, quando uma denúncia anônima disse ter visto o homem repassando drogas até para menores de idade.

A partir da acusação, a PCDF passou a acompanhar os movimentos de Roberto e foi averiguado que ele estaria na festa Surreal, realizada na Torre de TV Digital no último fim de semana. Com o empresário foram encontrados vários comprimidos de MDMA, conhecido como ecstasy, além de R$ 2 mil em espécie. “O que é muito estranho para uma festa open bar e open food. Não conseguimos imagens dele recebendo dinheiro, mas a quantia é um indicativo”, afirmou a delegada Bruna Eiras, da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), responsável pelo caso.

De acordo com a chefe da investigação, policiais civis disfarçados se infiltraram na festa e passaram a acompanhar a movimentação do empresário, que é sócio da empresa VR Investimentos Imobiliários e da faculdade de ensino à distância AIEC. Ele ainda é membro do conselho diretor da UPIS, outra instituição acadêmica. “Ao ser abordado, ele negou que estaria vendendo drogas, mas parece não saber que mesmo uma distribuição gratuita é considerada tráfico”, disse Bruna Eiras.

Acompanhe o vídeo da abordagem ao empresário:

Ainda durante a festa, outras duas pessoas também foram presas por tráfico de drogas: Luiz Rodrigues Martins, 38, e Fernando Barbieri Cardozo, 36. Os dois não eram alvo da PCDF, mas os policiais que estavam à paisana identificaram a ação deles e realizaram as prisões. “É uma festa que atrai gente do Brasil todo. Fernando, inclusive, é de Porto Alegre e veio à Brasília só para o evento”, contou a delegada.

A festa contava com cerca de 7 mil pessoas, por isso, disse Bruna, as abordagens só começaram na manhã de domingo. “Revistas logo no começo da festa causariam muito tumulto para um efetivo reduzido. Com isso, só iniciamos as abordagens por volta das 6h da manhã”, relatou.

Cada um dos três presos agiam sozinhos e não se conheciam. Estão presos e, caso condenados, podem pegar pena que varia de cinco a 15 anos de prisão.

Outro lado
Procurada pelo Metrópoles, a empresa organizadora da festa, a R2, destacou que está colaborando com as investigações da Polícia Civil. “A produtora informa que aprova a atuação da Polícia Civil para reforçar a segurança e a saúde pública nos eventos no Distrito Federal. A organização ressalta ainda que colabora com as investigações e que está à disposição dos agentes públicos para inibir a comercialização de ilícitos dentro de seus eventos”, disse, em nota.

A reportagem também tentou falar com Roberto Postiga Nogueira, mas em nenhuma das empresas em que ele consta como sócio – VR Investimentos Imobiliários, Faculdade AIEC e Upis – foi informado o contato dele. O Metrópoles ainda procurou por algum representante de Roberto, mas a assessoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) afirmou que não consta nenhum nome de advogado de defesa no processo.

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