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Empresário de Brasília é preso no lugar do irmão. Família busca Justiça

Castro foi conduzido à carceragem da PCDF e aguarda solução por parte do Judiciário

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Na foto, um homem algemado - Metrópoles
1 de 1 Na foto, um homem algemado - Metrópoles - Foto: Reprodução

O empresário Milton Baldez de Castro, 48 anos, foi preso no último sábado (30/1), no condomínio onde mora com a família, em Águas Claras. A prisão foi feita por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Distrito Federal. O nome dele consta no cadastro de pessoas foragidas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por assalto à mão armada. O crime ocorreu no Maranhão, em 2018.

Apesar de o mandado judicial ser direcionado a Milton, o roubo foi cometido por seu irmão, Gledilson Tonni Baldez Castro. O autor do roubo, que morava em São Luís, havia sido preso em 2018. Na ocasião, o criminoso usou o nome do próprio irmão, que reside em Brasília. O processo, então, foi instaurado com base na identidade falsa.

Dias após a prisão em flagrante de Gledilson, o empresário soube da fraude com seu nome e registrou ocorrência na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). Segundo a defesa de Milton, ele também requereu a correção das informações à Justiça do Maranhão, mas o pedido ainda não foi atendido.

Em depoimento à época, Milton detalhou que, em 13 de fevereiro de 2018, recebeu ligação da uma prima informando que Gledilson Tonni, após ter sido preso por policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar da Cidade de São Luís (MA), forneceu o nome de Milton aos PMs.

Relatou que a prisão foi alvo de reportagens locais. Os jornais estampavam a foto de Gledilson (veja abaixo), mas divulgaram o nome de Milton. O próprio site oficial da Secretaria de Segurança do Maranhão publicou a foto com a identificação errada. Uma postagem dava conta de que Milton Castro seria membro da facção Comando Vermelho, de acordo com informações da polícia local.

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Morte no crime

Gledilson Tonni foi solto dias após a prisão em flagrante, com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, o dispositivo não foi suficiente para que o homem parasse de cometer crimes. Ele se envolveu, no dia 20 de fevereiro do mesmo ano, em outro assalto, e acabou morrendo baleado em uma troca de tiros com a polícia local (veja registro abaixo).

Relatório feito pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão

Entretanto, os processos referentes aos supostos crimes cometidos por Milton no Maranhão continuaram tramitando, o que culminou na prisão do empresário, em Brasília. Castro foi conduzido à carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal e aguarda solução por parte da Justiça. Ele, que não possui antecedentes criminais, deve ser transferido ao Complexo Penitenciário do Distrito Federal nesta terça (2/2).

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão e com o Tribunal de Justiça do Maranhão e aguarda retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Em nota, a PMDF afirmou que, “durante a abordagem, os policiais consultaram o Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça e, com os dados repassados pelo próprio detido, verificaram que havia um mandado de prisão expedido em São Luís do Maranhão. Diante disso, o homem foi apresentado na 21ª Delegacia”.

Segundo a defesa de Milton, a empresa a qual ele era empregado vai enviar à Justiça uma declaração de que ele estava trabalhando e atendendo a clientes no DF na época do crime.

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