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Empresária vai produzir e doar 18 mil máscaras a hospitais do DF

Liliane Lima confeccionaria o material para suas duas clínicas, mas decidiu criar projeto solidário em prol dos profissionais de saúde do DF

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Movimentação de passageiros com mascaras respiratórias no Aeroporto de Brasília
1 de 1 Movimentação de passageiros com mascaras respiratórias no Aeroporto de Brasília - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Preocupada com a exposição de servidores públicos no combate ao novo coronavírus, uma empresária que atua na área de saúde privada decidiu produzir cerca de 18 mil máscaras para doá-las à rede pública de saúde no Distrito Federal.

Proprietária de dois estabelecimentos médicos, Liliane Lima decidiu aproveitar a quarentena e usar os materiais que adquiriu para fabricar por conta própria o material que é indispensável aos profissionais que atendem pacientes com a Covid-19 nas unidades geridas pela Secretaria de Saúde.

“Eu e meu marido temos uma empresa de home care e uma clínica de estética. Por isso, vimos que faltaria para os nossos profissionais. Primeiramente, decidimos confeccionar as máscaras para eles. No entanto, decidimos fazer disso um projeto”, conta.

A ideia partiu de multiplicar o cuidado com o outro. “Começamos a sensibilizar pessoas para aderirem a essa proposta”, disse. Ela é sócia proprietária da Ágape Assistência Domiciliar e Singular Medicina Estética.

De acordo com Liliane, há uma grande dificuldade de encontrar o material no varejo e em quase todas as distribuidoras. “Além dos profissionais de saúde da rede hospitalar, os profissionais de clínicas e atendimento domiciliar (home care) também precisam de máscaras para realizar os atendimentos com segurança”, explicou.

“Consegui o tecido cirúrgico e vamos confeccionar até 18 mil máscaras. Para isso, estamos precisando da ajuda de costureiras voluntárias para agilizar a produção, já que várias unidades públicas estão com falta desse material. Se tiver mais voluntários e doações, vamos conseguir”, pediu.

Batizado de Multiplique Amor, o projeto da empresária conta com apoio de influenciadores digitais com o objetivo de sensibilizar pessoas que possam ajudar no mutirão voluntário.

“As caixas de máscaras nas distribuidora eram vendidas por R$ 4, mas agora custam até R$ 250. Um dos fabricantes locais, que fica em Águas Claras, está com a produção dos próximos meses toda vendida. Nossa farmacêutica e nosso médico fizeram toda essa pesquisa e vamos produzir tudo seguindo as normas da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e com todo o controle de produção”, frisou.

Até agora, duas costureiras voluntárias também aproveitam a quarentena para auxiliar no projeto social.

“Eu trabalho com meu filho em Taguatinga. Como o comércio está fechado, ficou muito difícil, não só para mim, mas para todo mundo. Então, eu decidi ajudar porque se todos fizermos um pouquinho, a sua parte, fica mais leve para todo mundo”, disse Maria de Fátima Alves Sousa Monteiro, moradora de Taguatinga.

Ela tem 65 anos, é do grupo de risco, mas viu a oportunidade com a loja do filho fechada. “Achei que a melhor coisa a se fazer é apoiar quem está ajudando tanto a população, que são os servidores da saúde pública”, contou.

“Nos ajude a propagar essa corrente e, se você também quiser contribuir com nosso projeto, seja doando algum valor para continuarmos as compras de insumos ou doando o seu amor em forma de habilidades técnicas que possua, nos envie uma mensagem direta aqui no nosso Instagram oficial, que nossa equipe de voluntários entrará em contato o mais breve possível”, registra o perfil criado na rede social para recrutar apoiadores.

Os interessados em ajudar virtualmente o projeto podem clicar aqui.

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Médico e enfermeiros cuidam do controle de produção e de qualidade para seguir critérios exigidos pela Anvisa
Com o tecido cirúrgico das clínicas, ela conseguirá produzir 18 mil máscaras com ajuda de voluntários
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Liliane Lima é dona de clínicas e decidiu usar material em estoque para confeccionar máscaras para a rede pública

Arquivo pessoal
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Médico e enfermeiros cuidam do controle de produção e de qualidade para seguir critérios exigidos pela Anvisa

Material cedido ao Metrópoles
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Com o tecido cirúrgico das clínicas, ela conseguirá produzir 18 mil máscaras com ajuda de voluntários

Material cedido ao Metrópoles

Corrente de solidariedade

Em meio ao caos da crise da pandemia mundial, outro grupo profissional também se sensibilizou com quem precisa de mais cuidado neste momento: os idosos, que são o grupo que corre o maior risco durante a circulação do coronavírus.

Como muitos vivem em lares para a terceira idade e ficarão em quarentena sem a possibilidade de receber visitas, o Instituto Caixa Seguradora selecionou três instituições da periferia do Distrito Federal e Entorno para receber R$ 100 mil em doações.

O dinheiro será usado para compra de alimentos, produtos de limpeza, materiais de higiene e equipamentos necessários para higienização intensa dos materiais usados nos espaços, como máquinas de lavar roupa.

As instituições beneficiadas foram o Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante; o Lar dos velhinhos Bezerra de Menezes, em Sobradinho; e o Lar da Terceira Idade Samaritanos, em Águas Lindas (GO), todas criadas para o público de baixa renda.

As casas vivem de doações de familiares e voluntários, mas com o fechamento para visitação, também foram suspensos os eventos culinários, feiras e bazares, o que fez a arrecadação de doações cair. “A população que corre o maior risco não pode ficar desamparada”, afirmou Gregoire Saint Gal de Pons, diretor do instituto.

 

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