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Empresária de Águas Claras é salva de estupro após grito de socorro

Segundo a empreendedora, o acusado invadiu seu empreendimento com um facão e mandou a vítima abaixar as calças

atualizado

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Acusado
1 de 1 Acusado - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Graças a um grito de socorro, uma empresária conseguiu escapar de um estupro em Águas Claras. Na manhã de 4 de novembro, um homem invadiu o estabelecimento da empreendedora com um facão e mandou a mulher abaixar as calças. Uma vizinha viu o ataque e pediu ajuda. O bandido levou um celular a vítima e fugiu para um lixão da região.

A identidade da empresária será mantida em sigilo, para resguardar a segurança da vítima. “Ele estava me vigiando. Quando viu que não tinha ninguém na rua, ele entrou. Eu estava de costas. Ele mandou eu ir para o fundo da loja e tirar as minhas calças”, relembra a vítima.

Veja o vídeo com a movimentação do acusado:

No momento do ataque, a vítima diz que se sentiu impotente e em estado de choque. “Esse cara ia matar. Ia me estuprar e me matar”, desabafou. A empresária não se sente mais segura na região e pretende mudar de endereço. “Eu passei a andar sempre com uma faca”, completou.

Na hora do ataque, uma vizinha percebeu a movimentação e gritou por socorro. O criminoso fugiu de bicicleta em direção a um lixão, localizado perto do Parque do Areal. No calor do momento, a vítima foi, de carro, com uma conhecida até o local. “E ele estava lá, com uma sacola cheia de celular”, lembrou a empresária.

A vítima tentou recuperar o aparelho. Chegando no lixão encontraram um ambiente cheio de pessoas. Mas o bandido não entregou o smartphone. Neste momento, os catadores teriam começado a bater no carro com paus e pedras. Assustada, a empresária deixou o local e logo em seguida voltou com policiais, mas, diante do estresse, não conseguiu reconhecer novamente o agressor.

A empresária registrou um boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) e, inicialmente, omitiu a tentativa de estupro. Pensou em resguardar a família. Mas com o passar dos dias, a empreendedora mudou de opinião e decidiu revelar a tentativa de violência sexual.

Encorajamento

Para a empreendedora, a denúncia é importante para garantir segurança para a população. Vizinhas também encorajaram a denúncia. “Elas disseram: você não pode ficar calada. Uma hora outra pessoa vai ser prejudicada. Você não foi porque Deus não quis. Mas uma hora outra pessoa pode estar sozinha”, relatou.

“O caso só não apareceu ainda porque o cara não me machucou e não me estuprou, porque a intenção dele era essa. Ele entrou com facão, uma peixeira. A vizinha testemunhou. Só não deu ibope porque eu não caí da estatística de ter sido estuprada, violentada e morta”, ressaltou.

Lixão

Segundo o presidente da Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac), Román Cuattrin, o lixão perto do Parque do Areal é um ponto de preocupação para a comunidade do bairro. Com a proximidade das festas de fim de ano, cresce o número de pedintes na região.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e com a Administração Regional de Águas Claras para comentarem a ocorrência e a situação do lixão localizado na região, respectivamente. O espaço está aberto para eventuais manifestações das instituições.

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