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Empresa de ônibus que tombou não podia vender passagens, diz ANTT

ANTT diz que “há fortes indícios” de que a viagem que terminou em acidente não tenha sido fretada, conforme autorização da agência

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Ônibus tombado em área rural
1 de 1 Ônibus tombado em área rural - Foto: CBDFM/ Divulgação

A Prado Durães Turismo e Transporte Ltda., empresa dona do ônibus que tombou na madrugada desta quinta (23/12) e deixou 25 pessoas feridas – inclusive um bebê de 1 ano, com suspeita de traumatismo craniano –, não tinha autorização para venda de bilhetes avulsos. É o que afirma a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Uma das passageiras revelou ao Metrópoles que entrou no veículo, que virou no Paranoá, mediante a compra da passagem.

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“A empresa Prado Durães Turismo e Transporte LTDA., responsável pelo veículo de placas DJ84C02, que se envolveu no acidente hoje (quinta), possui autorização apenas para realizar fretamento, ou seja, está autorizada a realizar viagem em circuito fechado, sem venda de passagens”, atesta a agência.

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Autorização da ANTT, e também informada pela empresa à Receita Federal, era apenas para excursões, sem vendas de bilhetes
O ônibus da empresa Prado Durães não poderia realizar a viagem na modalidade aberta
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Acidente aconteceu na região do Café Sem Troco

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Autorização da ANTT, e também informada pela empresa à Receita Federal, era apenas para excursões, sem vendas de bilhetes

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O ônibus da empresa Prado Durães não poderia realizar a viagem na modalidade aberta

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No comunicado da ANTT, a autarquia indicou que “há fortes indícios” de que a viagem que terminou em acidente não tenha sido “de circuito fechado”. Ou seja: houve venda de bilhetes.

À Receita Federal (RFB), a Prado, aberta em outubro deste ano – ao menos registrada há dois meses na RFB –, tem como atividade principal a “organização de excursões em veículos rodoviários próprios, intermunicipal, interestadual e internacional”, além de operar, de forma secundária, como agência de turismo e operadora turística.

Terror

Em entrevista ao Metrópoles, uma das passageiras, de 34 anos, afirmou que enfrentou dificuldades para comprar o bilhete e chegou a considerar que os empecilhos tinham uma razão maior. “Eu acho que não era para ter viajado”, ponderou. O ônibus saiu de Santa Catarina, passou por São Paulo e se encaminhava a Maranhão, com uma escala em Uberlândia, no triângulo mineiro – cidade próxima à sede da Prado, que se instalou em Araguari, segundo a inscrição na Receita. A ANTT autorizou a operação da Prado Durães na modalidade de fretamento já em 3 de dezembro de 2021, por meio da portaria nº 456.

O acidente

Por volta das 3h30, o motorista, que, segundo o relato da passageira ouvida pelo Metrópoles, conduzia o automóvel em alta velocidade, não conseguiu segurar o ônibus na curva próxima ao Café sem Troco, no Paranoá, saiu da via e tombou na vegetação às margens da DF-130. O condutor fugiu do local.

Dos 51 passageiros embarcados, 25 ficaram feridos e foram levados ao Hospital de Base (HBDF), ao Hospital Regional do Paranoá (HRP) e ao Hospital Regional do Gama (HRG). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se encarregou do transporte das vítimas.

Um bebê de apenas 1 ano foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF) com sonolência e sangramentos pelo ouvido – sintomas de traumatismo craniano. Os dois motoristas encarregados da viagem fugiram do local e sequer prestaram socorro às vítimas.

A reportagem procurou Leonardo Prado, um dos dois sócios da Prado Durães, que respondeu ao e-mail informando que “a empresa enviou outro ônibus para o local para prestar socorro e também um representante que poderá passar melhores esclarecimentos”. O representante, porém, não retornou às ligações feitas. O espaço segue aberto.

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