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Empresa cobrava até R$ 4 mil por documentos falsos para visto aos EUA

A Polícia Civil do DF prendeu nesta quinta-feira (27/06/2019), na embaixada norte-americana, dois jovens que fingiam ser noivos

atualizado

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Divulgação/PCDF
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1 de 1 matervistos - Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quinta-feira (27/06/2019) mais uma fase da Operação Cartão Verde, que investiga a compra e a venda de documentos para a tentativa de conseguir visto de entrada nos Estados Unidos (EUA). Segundo o delegado da 1ª Delegacia de Polícia, Ronney  Teixeira Marcelo, dois falsos universitários foram presos em flagrante na embaixada norte-americana.

Além dos jovens, foram detidos os dois intermediários. Maxwell Marcello Douglas Conde do Carmo, 35 anos, e o tio dele Albert Anderson Roberto do Carmo, 50, tinham uma empresa informal em Belo Horizonte, a Master Vistos, e eram responsáveis pelos dados falsificados.

Em interrogatório, os donos da empresa disseram que estavam no ramo desde o começo do ano. Os preços para levantar o material necessário, segundo eles, variavam para cada cliente, entre R$ 3 e R$ 4 mil. “A Master Vistos era contratada e pegava de terceiros a documentação falsa. Do valor, 70% ficavam com os falsificadores, e os outros 30%, com Maxwell”, explicou o delegado.

Maxwell e Albert desembarcaram em Brasília de ônibus, nesta quinta-feira (27/06/2019), para dar apoio logístico aos dois jovens. Os quatro chegaram por volta das 8h30 na rodoviária interestadual. Os estudantes foram detidos na Embaixada dos Estados Unidos. Depois, eles deram as características e os contatos dos intermediários, que foram presos posteriormente.

Noivos

Segundo Ronney Teixeira, os clientes não se conheciam, mas foram orientados a se passar por noivos. “Isso seria um método de parecer mais real e aumentar as chances de o visto ser concedido. Até alianças foram usadas”, contou o policial.

Na embaixada, o rapaz apresentou  um certificado falso em processo gerencial, já a mulher, em medicina veterinária. Ainda havia faturas de cartão de crédito e carimbos de outros países no passaporte para dar a impressão de que o casal viajava bastante.

Como ainda não foi provado que Maxwell e Albert arranjaram os documentos, os quatro serão indicados por uso de documento falso. A pena varia de 1 a 5 anos de prisão.

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