Embaixada da China vê suposta fraude em sementes enviadas ao Brasil
Verificação preliminar aponta que etiquetas de endereçamento têm indícios de fraude, com erros no código de rastreamento e em outros dados
atualizado
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A Embaixada da China se pronunciou sobre as misteriosas sementes que chegaram às casas de brasileiros. Os saquinhos com o material foram recebidos por moradores de pelo menos cinco estados brasileiros e do Distrito Federal. Em todos os casos, o produto chegou pelos Correios após compras on-line.
A embaixada, por meio de nota, ressaltou ter obtido a informação sobre sementes com ideogramas chineses por meio do Ministério da Agricultura.
Porém, ressaltou que “sementes são artigos de envio proibido ou restrito para os países membros da União Postal Universal (UPU)”.
Nesse caso, os Correios da China seguem, rigorosamente, as disposições da UPU e vetam o transporte postal de sementes. “Uma verificação preliminar constatou que as etiquetas de endereçamento apresentam indícios de fraude, com erros no código de rastreamento e em outros dados”, detalha a nota.
A embaixada ressaltou a disposição de “cooperar com a investigação das autoridades brasileiras”.
Investigação
Nessa quinta-feira (2/10), a Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) informou que investiga, pelo menos, duas denúncias de pessoas que receberam “sementes misteriosas” no DF. A pasta entrou em contato com elas para orientá-las a encaminhar os grãos a fim de que sejam analisados pela Superintendência Federal de Agricultura (SFA), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O DF se junta a São Paulo, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, unidades federativas que relataram casos semelhantes.
Levantamento mais recente aponta que 36 pessoas receberam o conteúdo a partir de aquisições em sites estrangeiros. Por terem chegado ao Brasil de destinos internacionais, a responsabilidade de controle é do Mapa.
Em caso de recebimento de sementes como essas, a pasta orienta a população a procurar o Mapa ou, caso não consiga contato com o ministério, acione a Seagri. As denúncias podem ser feitas pelo e-mail gesav@seagri.df.gov.br ou pelo telefone (61) 3051-6422, que também recebe mensagens de WhatsApp.