O dispositivo possibilita a solicitação virtual de medidas protetivas, preenchimento de um questionário para avaliação de risco e representação contra o autor da violência. Ainda dá para solicitar o acolhimento em uma Casa Abrigo, agilizar a autorização para intimação durante o processo via telefone, e-mail, WhatsApp ou outro meio tecnológico sério e idôneo. É possível também anexar arquivos, como vídeos, documentos e imagens.
Com as opções, o número de medidas protetivas solicitadas ocorreu em cerca de 70% dos BOs, chegando ao total de 922.
“O contato com as vítimas e requerimento de medidas protetivas é feito pela própria Delegacia Eletrônica. Após recebermos a denúncia e a solicitação de medidas protetivas, o juiz tem acesso ao processo em cerca de 30 minutos”, explica o titular da Delegacia Eletrônica, José Fernando Grana.
A rapidez na resposta tornou a modalidade on-line a terceira no ranking total dos registros feitos pela PCDF de violência doméstica. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II), em Ceilândia (2.928), e a Deam I, na Asa Sul (2.051), foram as que tiveram mais ocorrências registradas.
Para o Diretor-Geral da PCDF, delegado Robson Cândido, a virtualização dos procedimentos é o caminho das rotinas policiais.
“Conseguimos criar mais uma forma da mulher noticiar esse repugnante gênero criminoso às autoridades, de forma prática e sem sair de casa. Há casos reais de mulheres que tiveram sua medida protetiva concedida e cumprida em menos de 48h, com todo o processo realizado pelo celular ou computador em casa”, reforça.
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Até outubro de 2021, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) registrou 22 feminicídios
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A quantidade de feminicídios subiu 70%
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8 de janeiro – Isabel Ferreira Alves, 38. Ela foi morta a facadas pelo companheiro dentro da residência em que o casal morava, em Ceilândia
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12 de janeiro – Marley de Barcelos Dias, 54. O ex-companheiro dela pulou o muro da casa e efetuou três disparos contra Marley. Ele fugiu e se matou depois
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19 de janeiro – Letícia Santos de Souza, 22 anos. A jovem foi morta após o ex-namorado descobrir uma traição. Além dela, o homem com quem ela teve um relacionamento foi executado
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31 de janeiro – Zenilda Alves de Sousa, 51. A mulher foi morta com 11 facadas pelo próprio sobrinho, dentro de casa
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13 de fevereiro – Rosileia Pereira Freitas, 36. Ela foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro. Ele foi preso e condenado a 26 anos em regime fechado
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26 de março – Evelyne Ogawa, 38. A radialista manteve um relacionamento com Vinícius Fernando, o autor do crime, por mais de três anos. Ela foi morta enforcada com um fio elétrico
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9 de abril – Tatiane Pereira da Silva, 41. A mulher foi mordida e esfaqueada pelo marido. Ficou três dias internada, mas não resistiu aos ferimentos e morreu
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16 de abril – Gabriela Cardoso de Brito, 35. Ela conversava com uma vizinha quando o ex-companheiro chegou atirando contra as duas. A vítima foi atingida no rosto e no ombro
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24 de abril – Tatiele da Cruz Ferreira, 25. Morta em frente ao restaurante comunitário de Sobradinho II. Ela era ameaçada há um ano por ter testemunhado um homicídio. Deixou 4 filhos
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25 de abril – Karla Roberta Fernandes Pereira, 38. Foi encontrada degolada em um matagal de Santa Maria. O marido dela assumiu a autoria do crime e disse que a motivação foi ciúmes
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9 de maio – Larissa Pereira do Nascimento, 22. A mulher foi agredida por 2 horas, com a utilização de um taco de beisebol.
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22 de maio – Karla Pucci, 47. Assassinada pelo ex a pedradas dentro de uma funerária. O casal se conheceu seis meses antes do crime
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6 de junho – Leidenaura Moreira Rosa da Silva, 37. Morta pelo companheiro com uma facada no pescoço. Ele já tinha condenação anterior por tráfico de drogas
Arquivo Pessoal
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8 de junho – Fernanda Landim, 33. Atingida a facadas pelo companheiro. O casal tinha uma filha de 3 anos, que ficou sob a guarda da avó materna
Arquivo Pessoal
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17 de junho – Melissa Mazzarello de Carvalho Santos Gomes, 41. A psicóloga foi morta por ciúmes. O autor do crime tinha descoberto uma suposta traição e matou a mulher durante uma briga
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20 de junho – Thaís Campos, 27. A cirurgiã-dentista foi morta com tiros à queima-roupa pelo ex-companheiro. Os dois estavam separados há cerca de 5 meses e tinham uma filha
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3 de julho – Simone Xavier Nogueira, 41. Ela era violentada sexualmente pelo ex-marido, um conhecido traficante da Estrutural. Ele utilizou uma espingarda para cometer o crime
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A vítima, de 21 anos, tinha medidas protetivas de urgência contra o agressor. Ela teve ferimentos na barriga e na mão
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16 de outubro - Milena Cristina Gonçalves, 24. A estudante de direito foi morta por um homem que conheceu na noite anterior, após uma noite de “sexo violento”
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17 de outubro - Olivia Makoski, 47. A empresária foi assassinada pelo ex-marido, Francisco de Assis Guembitzchi. O autor se matou em seguida
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28/10 - Jaqueline Araújo da Silva, 38. A mulher foi morta a facadas por um guardador de carros não identificado
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31 de outubro - Ana Carolina de Lima Araújo, 21. A jovem foi encontrada morta em um motel com um tiro na cabeça
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29 de novembro - Giovanna Laura Santos Peters, 20 anos. Leandro de Araújo Marques, 22, degolou a namorada dentro de casa e escondeu o corpo com pedras
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6 de dezembro - Drielle Ribeiro da Silva, 34. Ela era vítima de perseguições pelo ex-companheiro. A mulher morreu com, pelo menos, 59 golpes de faca
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“Desde o início da pandemia, ainda em março de 2020, a Segurança Pública do DF passou a buscar inovações e formas de acesso virtuais, para poder alcançar a população, mesmo diante da dificuldade de deslocamento. No mesmo ano, foi possível registrar, por meio da Delegacia Eletrônica, os casos de violência doméstica. Mas a implementação desse novo formato de denúncia, com funções que facilitam e dão celeridade ao processo”, avalia o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo.
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