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Em rede social, marido de Letícia desabafa: “Arrancaram minha metade”

Kaio Fonseca disse, pelo Facebook, que a família do maníaco que assassinou sua esposa também é vítima

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1 de 1 Kaio-marido-de-Leticia - Foto: Facebook/Reprodução/Aise Rodrigues Photography

Em um depoimento emocionante postado no Facebook nesta quinta-feira (29/08/2019), Kaio Fonseca, 25 anos, marido da advogada e funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado, 26, disse que está se mantendo forte por causa do filho do casal, de apenas 3 anos. Garantiu ainda que vai tentar atender todos os desejos da esposa, morta pelo cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41. E prometeu lutar para que esse crime não se torne mais uma estatística.

Letícia morava com o marido e o filho em um apartamento no Arapoanga, em Planaltina. Ela desapareceu na manhã da última sexta-feira (23/08/2019), quando esperava na parada de ônibus uma condução para ir ao trabalho, na Esplanada dos Ministérios. Seu corpo foi achado na tarde de segunda-feira (26/08/2019), às margens da DF-250, na mesma região.

Pelas redes sociais, Kaio disse que Letícia era sua base. “Hoje já faz sete dias da sua partida. São sete dias que me sinto perdido, desolado, sem amor algum. Quando perdi meu tio, você estava lá comigo, me deu seu ombro, chorei igual menino, me senti tão confortável em seus braços que hoje ninguém vai conseguir fazer isso no seu lugar. Vou lutar pela nossa família sempre!”, acrescentou.

O rapaz disse ainda que o casal pretendia aumentar a família. Letícia só estaria esperando ser chamada pelo serviço público. “O que me deixa arrasado é que fizemos planos, no mês passado, de ter mais dois filhos, assim que você tomasse posse no concurso”, assinalou.

Extremamente estudiosa, a jovem era funcionária terceirizada do MEC – onde prestava assessoria jurídica –, e comemorava o fato de ter sido aprovada no último concurso para analista judiciário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e também para o Ministério Público da União (MPU).

Letícia concorreu às vagas reservadas para pessoas com deficiência, por ter sido diagnosticada com um problema grave de visão, o qual a impedia de dirigir. Ela aguardava ser convocada pelos órgãos.

“Ela estava tão bem, fazendo pós-graduação, tinha conseguido até uma bolsa… Estava com um emprego legal, mesmo terceirizada. A mãe já é advogada, e a Letícia queria seguir a mesma profissão. E conseguiu. Ela era muito focada e responsável. É muito triste receber essa notícia”, disse uma amiga da família, que preferiu não se identificar. A vítima estava cursando, no período noturno, o primeiro ano de pós-graduação na Escola Superior do Ministério Público da União.

Amigos e familiares devem participar de uma missa da saudade marcada para noite desta quinta (28/08/2019) em Planaltina. Enquanto a família sofre, não param de chegar denúncias contra Marinésio nas delegacias de polícia. Ele é assassino confesso de Letícia e está sendo investigado por crimes contra outras mulheres.

Em outro post, Kaio disse que a família de Marinésio falou com ele. “Senti e vi sinceridade nos olhos deles. A filha nem conseguiu falar, o pai, um senhor de mais de 70 anos, tentou ajoelhar pedindo perdão pelo filho. A minha dor é muito grande, mas imagine a dor deles também. A família também é vítima”, disse.

Reprodução/Facebook

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