Em protesto, motoboys de apps de entrega cruzam os braços no DF
A mobilização faz parte do movimento nacional que pede melhores condições de trabalho e menos banimentos pelo IFood
atualizado
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Entregadores de aplicativo do Distrito Federal realizam, nesta sexta-feira (1º/4), uma paralisação em diversos shoppings da capital federal. Com cartazes e placas na frente dos centros comerciais, pedem por melhores condições de pagamento, criação de pontos de apoio e fim dos banimentos e bloqueios irregulares de empresas de entrega. Cerca de 5 mil motoboys fazem parte da categoria no DF.
“A nossa luta é pela nossa valorização”, explica o representante da Associação de Motoboys, Autônomos e Entregadores do Distrito Federal (Amae-DF), Eduardo de Melo Sousa, 44 anos. A associação tenta impedir os serviços de entrega nos shoppings: Iguatemi, Brasília Shopping, Conjunto Nacional, Pátio Brasil e Boulevard Shopping.
A mobilização faz parte do movimento nacional que clama por melhores condições de trabalho. Em 18 de março, o iFood anunciou que vai aumentar o repasse para mais de 200 mil entregadores colaboradores do aplicativo em todo o país. A mudança está prevista para ocorrer a partir deste sábado (2/4).
Em nota, a marca disse que os trabalhadores receberão, no próximo mês, R$ 6 para o valor mínimo da rota, enquanto o montante do quilômetro rodado sobe 50% – de R$ 1 para R$ 1,50. Na prática, significa que o entregador que antes recebia R$ 10 por entrega de 10 km passará a receber, pelo menos, R$ 15.
Com a medida, a empresa tenta evitar que os colaboradores deixem a plataforma em busca de outras alternativas de emprego.
Este é o terceiro reajuste concedido pela plataforma nos últimos 12 meses. Antes, a empresa havia elevado os ganhos em abril e novembro do ano passado.
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