Em noite de terror, tarado armado com facão estupra 3 mulheres no DF
Ele manteve as vítimas sob ameaça de matá-las por cerca de 40 minutos. Uma delas está grávida de quatro meses
atualizado
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Um homem de 28 anos foi preso na noite dessa quarta-feira (3/10) suspeito de estuprar três mulheres no Setor de Oficinas Norte (SOFN). As vítimas estavam conversando, por volta das 21h30, segundo contaram à polícia, quando ele invadiu o imóvel e anunciou o assalto, armado com um facão.
Por cerca de 40 minutos, ele manteve relação sexual com uma, fez a outra chupar o pênis dele, e a terceira, grávida de quatro meses, foi obrigada a masturbá-lo. Após os momentos de terror, elas conseguiram fugir do tarado e pedir socorro aos vizinhos. O homem quase foi linchado até a chegada da Polícia Militar.
Segundo as vítimas, ao invadir o imóvel, o homem recolheu objetos de valor, entre eles, os celulares delas, e colocou em uma bolsa. Depois, se virou e gritou que queria transar. Ele mandou a grávida e a outra mulher entrarem em um dos quartos.
À terceira vítima, ordenou tirar a roupa e a estuprou em outro ambiente da casa. Após a violência, a proibiu de se vestir, pois ia “aproveitar do corpo dela, porque ela era muito gostosa”. Chegou a gritar que “não tinha nada a perder nessa vida”.
Depois, mandou a outra mulher trancada no quarto tirar a roupa. Após a negativa, ele ameaçou matá-la com o facão. Chegou a falar que cortaria os bicos dos seios e a cabeça dela. Como a vítima mesmo assim resistiu, ele a obrigou a chupar o pênis dele. Não satisfeito, voltou ao quarto onde estava a grávida para ela masturbá-lo.
Num momento em que o homem deixou o facão de lado, as mulheres entraram em luta corporal com ele e uma delas conseguiu sair na rua, mesmo nua, e pediu ajuda aos vizinhos. Assustado, o tarado pegou a bolsa com os objetos roubados e fugiu. Mas acabou sendo pego e foi espancado até a chegada da Polícia Militar.
Ferido, foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e depois encaminhado para a delegacia, onde ficou em silêncio e continua preso.
Em choque, as mulheres contaram aos policiais que o homem era “muito cruel” e ameaçava matá-las, pois já tinha cometido dois assassinatos no Ceará, de onde tinha vindo. Uma das vítimas chegou a ficar ferida pelo facão. As mulheres também precisaram de atendimento médico e receberam tratamento profilático em função da violência sexual.
De acordo com a lei, não é necessário haver penetração forçada para caracterizar estupro. O crime consiste em “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.
Casos frequentes
O mês de setembro registrou 54 casos de estupro no Distrito Federal, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Segurança na última segunda (2). Desses, 23 foram cometidos contra mulheres adultas e houve 31 contra crianças e adolescentes ou vítimas vulneráveis.
Em relação aos estupros, 74% ocorreram na casa ou no local de trabalho da vítima e do autor. E, em 68% dos casos, havia vínculo entre vítima e agressor, com 100% das vítimas sendo do gênero feminino.
Em relação aos casos de estupros envolvendo crianças e adolescentes, 39% – quatro em cada 10 – ocorreram na própria residência das vítimas. E, em 52% – ou seja, metade –, havia vínculo entre a vítima e o agressor. No total, o número de estupros diminuiu se comparado ao acumulado de janeiro a setembro de 2017 (554 casos) com os acontecimentos de janeiro a setembro de 2018 (494 casos). Uma queda de 10,8%.
Veja tabela:
“Os estupros, na maioria da vezes, ocorrem dentro da residência, entre pessoas que têm vínculo entre si. Não conseguimos colocar a polícia dentro das casas e, com isso, trabalhamos com ações de prevenção. Fortalecemos o policiamento nas cidades com maiores manchas criminais”, afirmou durante a divulgação do balanço o secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio.
De acordo com ele, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem trabalhado com um conjunto de ações de cada um dos órgãos de segurança e programas para que todos saibam dos seus direitos. “Temos uma visão clara. Há um ciclo em torno dessas questões. Assim, trabalhamos na prevenção e, posteriormente, para abrir uma porta de saída, trabalhando a ressocialização do sistema penitenciário”, disse.