Em homenagem a estudante de 16 anos morto, colegas pedem segurança e declaram: “Geoffrey vive!”
Colegas e professores do Centro Educacional 11 de Ceilândia organizaram um tempo de homenagem a Geoffrey e pediram paz na região da escola
atualizado
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Diretores, coordenadores e alunos do Centro Educacional 11 de Ceilândia organizaram uma homenagem ao estudante Geoffrey Stony, que morreu após ser baleado durante assalto ao sair do colégio.
A tragédia aconteceu na quarta-feira (22/9). O jovem estava saindo da escola quando foi abordado pelos criminosos. Em seguida, um dos suspeitos atirou no adolescente, que não resistiu ao ferimento. O celular do estudante foi levado.
Vestidos com camisetas brancas, a comunidade escolar reuniu-se em volta da escola e pediu por mais policiamento nas proximidades da instituição. O ato, que reuniu cerca de 100 pessoas, pediu por mais paz e menos violência contra os estudantes.
Os alunos levantaram balões brancos e fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao colega Geoffrey.
O pai de Geoffrey, Sérgio do Nascimento, que é funcionário da secretaria do colégio, também compareceu ao ato. “Os pais trabalham muito para dar um futuro diferente aos filhos. Tenho certeza que a ida de Geoffrey vai provocar alguma mudança nessa comunidade, nesse país e nesse mundo. Meu filho não morreu, ele está aqui presente, vivo em nossos corações”, disse o pai em discurso emocionado.
A aluna do primeiro ano do ensino médio, Rafaela Alves, 16, disse que nunca imaginava que isso aconteceria com alguém tão próximo dela. “A gente nunca imagina que alguém que conhecemos vai morrer. Nos sentimos muito inseguros e queremos mais proteção para os alunos. É difícil perder alguém”, revelou.
O diretor do CED 11, Francisco Gadelha, contou ao Metrópoles que o protesto é um pedido de mais segurança em volta das escolas. “Não é um pedido só para o CED 11, mas para todas as escolas aqui das redondezas. Sabemos que é uma região muito perigosa e nossos alunos estão em risco todos os dias. É um pedido de paz. Queremos saber até quando teremos jovens sendo assassinados”, assinalou o diretor.