Em greve, médicos debatem na CLDF a situação da rede pública de saúde
Comissão está marcada para as 14h desta quinta-feira (12/9) no plenário da Câmara Legislativa. Médicos estão de greve há 9 dias
atualizado
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Em greve há nove dias, médicos do Distrito Federal irão debater na tarde desta quinta-feira (12/9) a situação da saúde pública e o déficit de profissionais na rede. O encontro está marcado para as 14h, no plenário da Câmara Legislativa (CLDF).
O encontro é uma iniciativa do deputado distrital Gabriel Magno (PT). A classe, que será representada pelo Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico-DF), solicita reajuste salarial, nomeação de candidatos aprovados em concurso e reestruturação da carreira.
Em março deste ano, o Metrópoles mostrou que os hospitais da rede pública de saúde amargam a falta de 25.133 mil profissionais no Distrito Federal.
Durante a comissão, os profissionais também devem tratar da atual situação da greve. Não há indicativos sobre o fim da paralisação.
Multa e greve
Os médicos do Distrito Federal descumpriram uma decisão judicial e entraram em greve no dia 3 de setembro.
No último dia 27, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Fernando Habibe proibiu o movimento paredista. No dia 30/8, o magistrado aumentou a multa diária em caso de descumprimento da determinação, de R$ 50 mil para R$ 200 mil, pois a categoria havia ignorado a decisão.
Na ação judicial protocolada contra a greve desses profissionais, o Governo do Distrito Federal (GDF) alegou que a manutenção de 100% do corpo médico “é essencial para a apropriada prestação de serviço público à população”.
O Executivo local acrescentou que um reajuste salarial para a categoria “afetará o delicado equilíbrio financeiro das contas públicas” e destacou que, em geral, a remuneração desses servidores supera os R$ 20 mil, “bem acima da média [de outras categorias] no DF”.
O governo mencionou, ainda, que todos os servidores distritais receberam, em julho de 2024, a segunda parcela do aumento de 18%. E, em relação à reivindicação por mais concursos e pela preferência na escolha da lotação, “há certame vigente que teve a formação de cadastro de reserva sem limitação de candidatos, sendo nítidos os esforços para nomeação contínua dos aprovados”.