Em depoimento, viúva de Lázaro diz não saber de ligação entre ele e o chacareiro
Jovem prestou depoimento em Águas Lindas (GO) na tarde desta quinta-feira (8/7)
atualizado
Compartilhar notícia
A companheira do maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, morto a tiros pela polícia de Goiás após 20 dias de buscas informou à Polícia Civil do Goiás (PCGO) que não sabia da ligação entre o marido e o chacareiro Elmi Caetano, 73. Ela prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (8/7), na delegacia de Águas Lindas (GO).
O depoimento da mulher de 19 anos foi acompanhado pela advogada Elda Sampaio Castro. “Ela esclareceu coisas pontuais da investigação. Eles queriam saber sobre a relação de Elmi com Lázaro, mas ela não soube informar. Não teve contato com ele desde o dia que saiu de casa”, conta.
A defensora diz que a viúva de Lázaro deu, ainda, detalhes do relacionamento de 4 anos com o serial killer. Da união, o casal teve uma filha de 2 anos. “Falou como ele era na relação entre eles e se colocou à disposição para qualquer outro esclarecimento”, afirma a defensora.
Veja fotos do enterro de Lázaro:
Entrevista ao Metrópoles
Quando Lázaro ainda estava foragido, o Metrópoles conversou com a mulher. À época, ela relatou que ambos moravam em casas separadas até fevereiro deste ano. Ela ficava em Águas Lindas, e Lázaro, em Ceilândia. “Passei a ficar com ele de vez no fim de março deste ano, em Ceilândia”, contou.
A mulher disse que, na terça-feira anterior ao crime no Incra 9, ocorrido no início de junho, o marido disse que “ia embora, para não prejudicar a família”. De acordo com a jovem, Lázaro levou consigo um celular, que ambos dividiam. “Falou que iria procurar um local para morar longe. Perguntou se eu queria ir com ele, mas eu disse que não”, revelou.
Histórico de crimes
O casal se conheceu por meio de uma tia de Lázaro, amiga da família da jovem. De acordo com a viúva do suspeito, ele não era agressivo com ela ou com a filha. “Lázaro sempre tentou ser um homem protetor com a gente. Quando eu falo que ele era uma pessoa boa conosco não é mentira, ele era mesmo. Era um pai bom, um marido bom”, pontuou à época.
Sobre os crimes anteriores praticados pelo marido, a mulher diz que sabia que ele havia sido preso em 2018 por homicídios cometidos na Bahia, mas que acreditava que Lázaro queria mudar.
“Ele não era de comentar nada do que fazia. Eu soube que ele foi preso por esse crime na Bahia e, ano passado, soube de uma tentativa de latrocínio, mas a gente até estava separado nessa época. Mas ele estava mudado, trabalhando. Não entendo o que aconteceu, não consigo acreditar”, relata. “Ele falava que estava arrependido de matar essas pessoas”, completou.