1 de 1 Imagem mostra mulher espirrando spray no braço - Metrópoles
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Em meio à epidemia de dengue no Distrito Federal, as farmácias da capital do país registraram aumento de cerca de 60% na venda de repelentes. O item protege contra a picada de mosquitos como o Aedes aegypti, transmissor da doença e de outras enfermidades como chikungunya e zika.
Balanço divulgado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF) identificou o aumento nas vendas do item nos últimos 25 dias, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o presidente do sindicato, Erivan Araújo, apesar da alta, não há registro de falta do produto até o momento. “[O aumento nas vendas] ocasionou rupturas [falta] em algumas drogarias. A vantagem é que, como os distribuidores e as próprias empresas se preparam para esse período de verão, que é um momento de sazonalidade [da dengue e contribui] para a venda de repelentes, eles acabam por estocar um pouco”, comentou.
Ainda de segundo Erivan, em geral, os preços têm se mantido na média estabelecida para o produto. “O estoque das drogarias tem sido reposto gradativamente. Porém, é um risco grande que, após esta primeira quinzena [do mês], possamos ter ruptura desse produto nas lojas”, destacou.
Especificações
Os repelentes mais adequados contra o mosquito Aedes aegypti têm com concentrações de icaridina – princípio ativo derivado da pimenta – acima de 20% ou do composto químico DEET (N,N-Dietil-m-toluamida) com concentração entre 30% e 50%.
Além disso, telas nas janelas e repelentes elétricos impedem que os mosquitos entrem em casa. Outra possibilidade é a instalação de mosquiteiros ao redor de camas e berços.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Casos na capital federal
Desde o início do ano, o DF registrou 11 mortes provocadas pela dengue; outras 45 estão sob investigação. Além disso, a capital federal registrou 46.298 casos prováveis da doença e descartou outros 1.530, até essa segunda-feira (5/2).
A Secretaria de Saúde (SES-DF) detalhou que, na quinta-feira (8/9), receberá cerca de 194 mil doses da vacina contra a dengue. A imunização está prevista para começar no dia seguinte, com pessoas de 10 a 14 anos como público-alvo.