Em cinco anos, tarifa de água aumentou no DF
Em 2019, quem utilizava média de 19 m³ pagava R$ 87,35. Hoje, para esse mesmo cenário, a taxa é de R$ 106,70
atualizado
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Entre 2019 e 2023, o valor da tarifa residencial de água e esgoto aumentou mais de 22% para os moradores do Distrito Federal. Há quatro anos, por exemplo, as pessoas que utilizassem 19 m³ por mês — média mensal do DF, de acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) —, pagavam R$ 87,35. Atualmente, o montante é de R$ 106,70 sendo R$ 9,26 de tarifa fixa e R$ 97,44 para quem gasta na média do DF.
Os dados foram informados ao Metrópoles pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) após a reportagem ir ao ar. Anteriormente, o texto informava um percentual diferente, feito com base no histórico de tarifas da Adasa.
Até 2020, imóveis que consumissem menos de 7 mil litros de água pagavam taxa mínima de R$ 29,50. Porém, em 2018, a Câmara Legislativa do DF aprovou uma lei — que entrou em vigor em 2020 — que acabou com a cobrança do consumo mínimo.
Essa alteração provocaria redução da receita da Caesb e, por isso, a Adasa definiu nova estrutura tarifária para a companhia. Desde então, há uma taxa fixa de consumo e a taxa variável, que aumenta de acordo com o gasto de cada residência.
Na atual gestão, em um imóvel que utilize 50 m³ de água por mês, a conta pode chegar a R$ 1,1 mil. Essa tarifa vale até 31 de maio de 2024, quando a Adasa deve publicar outra resolução com novas tarifas.
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Novas tarifas em 2024
Durante audiência pública realizada em junho deste ano, foram apresentados cálculos que apontam a necessidade de aumento das tarifas em 6,88%. A pedido da própria Caesb, os valores foram divididos da seguinte forma:
- Aumento de 5% a partir de 1º de agosto de 2023, que seguirá até maio de 2024;
- Aumento de mais 1,88% a partir de junho de 2024.
Uso racional de água
Segundo a Adasa, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que uma pessoa use 110 litros por dia, o que totaliza consumo mensal de 3,3 m³ por morador. Ou seja, o consumo mensal recomendado para uma família de cinco pessoas seria de 17 m³.
“Para incentivar o uso racional, os consumos de 30 a 45 m³ e superiores a 45 m³ possuem tarifas maiores por metro cúbico consumido”, explica a agência.