Em carta, Dom Paulo Cezar lamenta morte de cardeal Cláudio Hummes
Cardeal Cláudio Hummes faleceu na manhã desta segunda-feira (4/7) em decorrência de um câncer de pulmão
atualizado
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O cardeal Dom Paulo Cezar lamentou, em carta aberta publicada nas redes sociais, a morte, na manhã desta segunda-feira (4/7), do colega cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero. O religioso faleceu em decorrência de um câncer de pulmão. A informação foi confirmada pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, da Arquidiocese de São Paulo, por meio de nota.
No comunicado, o arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Brasília, Dom Paulo Cezar, informou que recebeu com “pesar a notícia do falecimento” de Cláudio Hummes e destacou o papel do missionário nas diversas ações às quais se dedicou. “Tendo exercido seu ministerial episcopal nas mais diversas missões, dedicou-se, com profundo zelo ao povo Deus na Sé Episcopal de São Paulo, como também, zelando pelos presbíteros na Congregação para o Clero e, nos últimos anos, com especial atenção à Amazônia”, informou.
Veja comunicado completo do líder religioso:
Carta – Pesar – Cardeal Claudio Hummes by Felipe Torres on Scribd
Dom Cláudio, como era chamado, era muito ligado ao Papa Francisco. Sendo, inclusive, um dos que o ajudou a escolher o nome do pontífice. Ele entrou para a vida religiosa na Ordem Franciscana dos Frades Menores, e recebeu ordenação sacerdotal em 1958 e a ordenação episcopal em 1975.
Trajetória
Nascido em 8 de agosto de 1934, em Montenegro (RS), dedicou-se à vida na Igreja desde os 17 anos de idade. Foi bispo diocesano de Santo André (SP), e arcebispo de Fortaleza e de São Paulo. Dom Cláudio tinha doutorado em filosofia, com especialização em ecumenismo no Bossey Institute em Genebra; atuou como professor, teólogo, reitor e bispo.
Hummes também ocupou a função de Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, e da recém criada Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA). O clérigo também dedicou-se à causa da população em situação de vulnerabilidade, como operários mal pagos e vítimas das mudanças climáticas.
Em 2019, no Sínodo da Amazônia, em Roma, Dom Cláudio defendeu a demarcação de terras indígenas.
“Nós sabemos que, para os indígenas, isso é fundamental. Também as reservas geograficamente delimitadas são importantíssimas para a preservação da Amazônia”, declarou em coletiva de imprensa na época.
O corpo será velado na Catedral Metropolitana de São Paulo, a Catedral da Sé, na região central da capital paulista. O horário, no entanto, ainda não foi divulgado.
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