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Em audiência na CLDF, professor diz que há “cooptação de crianças ao LGBTismo”

Professor da UFRN, que se diz conservador e pastor evangélico, chega a fazer relação entre reformas ortográficas e ataque aos livros antigos

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Rinaldo Morelli/CLDF
Em audiência na CLDF, professor diz que há “cooptação das crianças ao LGBTismo”
1 de 1 Em audiência na CLDF, professor diz que há “cooptação das crianças ao LGBTismo” - Foto: Rinaldo Morelli/CLDF

Uma audiência pública nesta terça-feira (6/6), a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) recebeu conservadores antivax, que chamaram Alexandre de Moraes de “marginal” e defenderam que mentir não é crime. O grupo chegou a afirmar que há “cooptação de crianças ao LGBTismo”. A sessão teve como tema a “Institucionalização da censura no Brasil e o papel do Parlamento”.

De iniciativa do distrital bolsonarista Thiago Manzoni (PL-DF), a audiência teve entre os participantes Tassos Lycurgo, professor do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ele disse que “os movimentos” estão atuando com crianças na “tentativa de doutrinação e cooptação ao LGBTismo”.

Lycurgo fez, ainda, uma relação entre reformas ortográficas e um ataque ao conservadorismo. “Não é uma ditadura como conhecemos, mas um esvaziamento da capacidade de qualquer resistência. Porque não seremos mais capazes de pensar. Essas reformas ortográficas aí… eu estou quase fazendo uma passeata pela volta do trema. Para que isso? Qual a razão por trás disso? Ataque à linguagem. Porque as pessoas olham os livros antigos e acham que isso é ultrapassado, obsoleto.”

Outra participante da audiência pública foi a deputada federal Bia Kicis (PL-DF). Na fala, ela chamou o tenista Novak Djokovic de “herói na luta pela liberdade”. O atleta se recusou a tomar a vacina contra a Covid-19 e chegou a ser proibido de participar dos Grand Slams da Austrália e dos Estados Unidos por não estar imunizado.

Criticando ainda o Projeto de Lei n° 2630/2020, o PL das Fake News, Kicis defendeu que “mentir não é crime”. “Desinformação ocorre por muitos motivos. Por engano, a pessoa se equivoca e passa adiante uma informação de uma fonte que achava confiável. Mas isso não é crime. Mentir pode ser imoral, pecado, mas não é crime, porque não está tipificado”, disse.

Já o jornalista Paulo Figueiredo, que já teve as redes sociais suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), discursou na audiência virtualmente. Ele chamou Alexandre de Moraes de “marginal”. “O que o PL está fazendo é caminhar em direção à censura. Ele institucionaliza várias medidas tomadas pelo marginal Alexandre de Moraes. Falo marginal não como adjetivo, mas como descrição, alguém que age à margem da Constituição.”

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