Em 5ª alta seguida, taxa de transmissão da Covid chega a 2,01 no DF
Isso significa que cada infectado pelo coronavírus transmite a doença para outras duas pessoas. GDF espera “explosão” de casos
atualizado
Compartilhar notícia
A taxa de transmissão do novo coronavírus registrou a quinta alta consecutiva e bateu nesta segunda-feira (10/1) a marca de 2,01. Isso significa que cada pessoa infectada com a Covid-19 transmite a doença para outras duas.
Essa foi uma das taxas mais altas já registradas em Brasília. O recorde aconteceu no início da pandemia, em março de 2020, quando ainda não havia distanciamento social. À época, o indicador chegou a 2,61.
O índice foi divulgado pela Secretaria de Saúde, em boletim epidemiológico. Nos últimos dias, esse indicador aumentou dia após dia na capital: nessa terça-feira, a taxa estava em 1,12; na quarta, subiu para 1,27. Na quinta, ficou em 1,45 e, por fim, na sexta chegou a 1,66.
Veja o gráfico da evolução da taxa de transmissão ao longo do tempo:
População deve voltar a se proteger da Covid, diz subsecretário do DF
Transmissão aumenta, mas não hospitalizações
A Secretaria de Saúde do DF já informou em entrevista coletiva que espera uma “explosão” de novos casos de Covid-19 nos próximos dias. No entanto, não aguarda aumento preocupante de pessoas internadas e de ocupação de leitos de UTI, a exemplo do ocorrido depois de março de 2021 na capital. Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, isso acontece porque agora a população de Brasília está vacinada.
“Estamos constantemente observando a taxa de internação, isso que conta. Até agora está dentro de uma média esperada. O índice R(t) [que mede a progressão da pandemia] está subindo, mas internação e mortalidade continuam caindo. Isso significa que o efeito vacina está segurando, agora precisamos achar quem ainda não se vacinou, temos 200 mil pessoas que ainda não procuraram os postos”, alerta o subsecretário.
Nesta segunda-feira, a ocupação de leitos públicos de UTI voltados para pacientes com Covid-19 está em 65,53%. Dos 55 leitos destinados à doença, 21 estão ocupados e 23, bloqueados.