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Em 2 meses, casos de coqueluche quase triplicam no DF. Saiba sintomas

Entre o final de julho e o final de setembro, o número de casos confirmados de coqueluche passou de 44 para 127

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Em meio ao aumento de casos de coqueluche registrado em todo o país, o Distrito Federal viu as notificações da doença quase triplicarem durante um intervalo de dois meses. Os casos saltaram de 44 infecções confirmadas em 31 de julho para 127 em 27 de setembro, um aumento de 188%.

Os dados são da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Outros 44 casos ainda estão em investigação, e 156 já foram descartados neste ano.

De acordo com os dados do painel epidemiológico do Ministérios da Saúde, a maioria dos pacientes na capital federal tem entre 15 e 19 anos — faixa etária que soma, pelo menos, 23 pessoas. Com mais de 30 anos há 42 pacientes.

Ainda segundo o portal, a última vez que o DF havia registrado mais de 100 casos da doença foi em 2014. Na época, 243 pessoas foram infectadas.

No ano passado, a pasta notificou apenas cinco casos na capital federal.

Sintomas

A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Segundo a SES-DF, a falta de vacinação é um dos principais fatores de risco para a manifestação da doença em crianças e adultos.

  • Veja os locais de vacinação do DF aqui.

Os sintomas consistem em crises “incontroláveis” de tosse seca seguida por um “guincho inspiratório” — som produzido pelo estreitamento da glote que pode indicar dificuldade respiratória.

A doença manifesta três fases, sendo a primeira a catarral, com sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe. O paciente apresenta coriza, febre, mal-estar, tosse seca e, em seguida, há tosse seca contínua.

Na segunda fase, as crises de tosse são mais frequentes, e o guincho aparece. Geralmente, são seguidos de vômitos, dificuldade de respirar e extremidades arroxeadas. Na terceira fase, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum.

O exame para detecção da bactéria causadora da coqueluche é realizado em laboratório e disponibilizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal. Já o tratamento é baseado no uso de antibiótico.

É recomendado que o paciente procure uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas.

Mortes

Em 25 de julho, o país confirmou a primeira morte após três anos sem óbitos pela doença. O caso foi no Paraná e tratava-se de um bebê de seis meses de idade. O DF não registrou mortes pela doença neste ano.

A Secretaria de Saúde informou que o SUS fornece dois tipos de vacinas contra a coqueluche. A pentavalente deve ser aplicada a partir dos dois meses até os 5 anos, sendo necessário duas doses de reforço.

O segundo tipo de imunização é a vacina tríplice bacteriana, que deve ser administrada ainda na gestação, a partir da 20ª semana. Segundo a SES, o imunizante é inativado, ou seja, não tem como causar a doença. A função é basicamente proteger a mãe de difteria, tétano e coqueluche e, assim, fornecer imunização passiva para o bebê que ainda está no útero, transferindo os anticorpos para o feto.

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