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Em 15 dias, dois bebês têm clavícula quebrada durante parto no HRSM

Os pais de Nicolas Pereira de Souza notaram que o bebê tinha algo errado e um exame de raio-X confirmou a fratura. Caso é apurado pela PCDF

atualizado

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bebê recém-nascido
1 de 1 bebê recém-nascido - Foto: Reprodução

Após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abrir investigação para apurar o caso de uma bebê que teve a clavícula quebrada durante parto ocorrido no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), em 29 de março, mais um recém-nascido sofreu a mesma fratura, assim que nasceu, nesta terça-feira (13/4).

Os pais de Nicolas Pereira de Souza notaram que o bebê tinha algo de errado e um exame de raio-X confirmou a fratura. O casal registrou ocorrência na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).

De acordo com o pai da criança, Lucas Lima, 27 anos, sua companheira, Deysiane de Sousa Rodrigues, 27, deu entrada no hospital na noite de domingo (11/4), já em trabalho de parto. “Nossa vontade era que o parto fosse normal mas não houve qualquer humanização. Pelo contrário, fomos maltratados ” , disse.

Segundo o pai do bebê, foram horas de sofrimento e não houve cuidado da equipe médica durante o parto. “Para ter uma ideia, só descobrimos que nosso filho estava com a clavícula quebrada no dia seguinte, quando um pediatra o examinou. Depois do raio-X, veio a confirmação. Queremos que a polícia apure se houve algum tipo de negligência ou imperícia”, afirmou.

Veja fotos do bebê e exames:

5 imagens
Caso é investigado pela PCDF
Exame mostra fratura na clavícula
Família procura atendimento de um ortopedista
Laudo comprova fratura
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Bebê teve clavícula quebrada durante o parto

Arquivo pessoal
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Caso é investigado pela PCDF

Arquivo pessoal
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Exame mostra fratura na clavícula

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Família procura atendimento de um ortopedista

Arquivo pessoal
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Laudo comprova fratura

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Outros casos

O caso de Nicolas é o segundo em pouco mais de duas semanas. O primeiro incidente ocorreu em 29 de março, quando o autônomo Júlio Cezar do Vale Bezerra, 35 anos, foi com a mulher, Jéssica Lima de Moraes, 28, que estava em trabalho de parto, ao hospital de Santa Maria. Ele não conseguiu entrar para acompanhá-la, pois acabou impedido logo na triagem.

“Quando autorizaram o acesso, a Jéssica estava com a bebê enrolada em uma coberta, no colo. Foi parto normal. Não pude presenciar o nascimento da minha filha, ver a equipe médica. Apenas me deram os ‘parabéns’, após todo o procedimento”, lembrou Júlio Bezerra.

No dia seguinte, um pediatra visitou o leito onde a família estava e, ao examinar a criança, suspeitou que a bebê Mirella Lima Vale estava com a clavícula direita quebrada. O profissional orientou que fosse feita uma radiografia.

“Até o médico estranhou. Questionou se alguém já havia nos informado, pois a neném estava claramente com o osso quebrado. Alertou que era perigoso pegar no colo e tínhamos de ter cuidado ao dar o banho”, relatou o pai.

Outro lado

Acionado pela reportagem, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), gestor do Hospital de Santa Maria, esclareceu que “um dos riscos do parto normal é a fratura da clavícula do recém-nascido, que ocorre em menos de 4% dos casos, conforme publicação na revista Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, do Ministério da Saúde, mas o quadro evolui sem sequelas na maioria dos casos”.

No caso da gestante J.L.M. (mãe de Mirella), o instituto afirmou que a paciente chegou ao HRSM já com dilatação total, “o que exigiu que o procedimento fosse feito com máxima rapidez e urgência pela equipe composta por obstetra e enfermeiros, que adotaram todos os cuidados”. Ainda de acordo com a nota encaminhada à reportagem, após o parto, a criança foi examinada pela neonatologista de plantão e, em seguida, encaminhada para avaliação do pediatra.

“Ambos os profissionais não identificaram qualquer anormalidade. Os sinais de fratura na clavícula direita foram notados no segundo dia de vida da bebê, porque são necessários até dois dias para avaliação de descontinuidade do osso. Além disso, quando a fratura é incompleta ela só pode ser percebida durante a consolidação, por meio da palpação do calo ósseo”, destacou. Contudo, imediatamente após a constatação da fratura, “todas as condutas necessárias foram tomadas pela equipe assistencial do HRSM, inclusive já foi agendada consulta com o ortopedista para atendimento na próxima quarta-feira (14/4)”.

O Iges não se pronunciou sobre a situação do parto e atendimento do bebê Nicolas. O espaço segue aberto.

A equipe da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) investiga os dois casos.

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