Em 12 meses, cesta básica sobe 10% no DF e compromete 60% do salário
Segundo o Dieese, brasiliense que recebe um salário mínimo compromete 60,59% da remuneração para comprar a cesta básica
atualizado
Compartilhar notícia
Em 12 meses, o preço da cesta básica teve alta de 10,38% em Brasília. É o que mostra relatório divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que avaliou os custos da cesta de alimentos em 17 capitais brasileiras.
Em janeiro de 2023, a cesta básica na capital federal ficou em R$ 729,73, sendo a sétima mais cara entre as capitais consideradas. O valor é 0,13% maior que o de dezembro de 2022.
No mês passado, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.641,58, ou 5,10 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00.
Considerado o salário mínimo líquido — após desconto de 7,5% da Previdência Social —, o trabalhador brasiliense compromete 60,59% da remuneração para comprar a cesta básica.
Além disso, a pesquisa aponta que o morador de Brasília precisa trabalhar 123 horas e 18 minutos para comprar a cesta de alimentos.
Números no país
De acordo com o levantamento, as maiores altas foram verificadas no Nordeste do país:
- Recife (7,61%),
- João Pessoa (6,80%),
- Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%).
Por outro lado, na região Sul houve as maiores quedas:
- Florianópolis (-1,11%),
- Porto Alegre (-1,08%),
- Curitiba (-0,50%).
Assim como já havia acontecido em dezembro do ano passado, São Paulo segue com o maior custo da cesta básica (R$ 790,57 em janeiro). Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33). A cesta básica mais barata é a de Aracaju (R$ 555,28).