TRE-DF determina que Grass suspenda mais uma propaganda eleitoral
Coligação de Ibaneis Rocha (MDB) pediu que a mensagem fosse retirada do ar, pois, segundo a ação, promoveria “difamação”
atualizado
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O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) concedeu liminar e determinou que Leandro Grass (PV), nome da federação PT-PV-PCdoB para o Governo do DF (GDF), suspenda a veiculação de mais uma propaganda eleitoral na televisão. A decisão atende pedido da coligação Unidos pelo DF, que tem Ibaneis Rocha (MDB) como cabeça de chapa.
O conteúdo, segundo a ação, continha a seguinte mensagem: “Tivemos há pouco uma mulher morrendo na fila do Cras, a Janaína. E o governador disse que dorme tranquilo. Dorme tranquilo, Ibaneis? Eu não durmo tranquilo. Ninguém com coração, com empatia e sensibilidade dorme tranquilo”, dizia Grass no vídeo.
A coligação Unidos pelo DF pediu a suspensão da propaganda alegando se tratar de matéria difamatória, que ofende a honra e a imagem do atual governador e que tem “grave potencial de gerar o indesejável e ilegal desequilíbrio no pleito eleitoral.”
O juiz auxiliar Demetrius Cavalcanti entendeu que há risco para o pleito caso a propaganda continue a ser veiculada.
“Nesse raciocínio, observando o caso em concreto, não se mostra crível que ninguém em sã consciência durma tranquilo com a morte de alguém, sobretudo um governador com a morte de uma cidadã, cujas necessidades prometeu prover, ou ao menos amenizar”, escreveu na decisão.
Grass deve retirar a propaganda do ar. Ele tem dois dias para apresentar defesa acerca do caso. Procurado, o candidato afirmou, por meio de nota, que Ibaneis disse dormir tranquilo, mas reforçou que vai cumprir a decisão judicial.
“Quem disse que dorme tranquilo foi o próprio governador. Dorme tranquilo diante das filas nos Cras, da morte de uma cidadã, do colapso da saúde, do caos no transporte, dos escândalos no Iges… Mesmo assim dorme tranquilo, segundo ele. Mas se o juiz decide, temos de cumprir, e estamos cumprindo todas as decisões que protegem o governador de críticas e acusações”, disse.