“Transporte público é direito social, constitucional”, diz Max Maciel
Durante cerca de 30 minutos, o deputado distrital eleito pelo PSol participou do Metrópoles Entrevista desta terça-feira (11/10).
atualizado
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Um dos deputados distritais eleitos pelo PSol, Max Maciel participou do Metrópoles Entrevista desta terça-feira (11/10). Durante cerca de 30 minutos, o parlamentar falou ao jornalista Alan Rios sobre as propostas e pautas que pretende levar à Câmara Legislativa do DF (CLDF) a partir de 2023.
O tema mais citado pelo novo parlamentar foi o transporte público do DF. Segundo ele, a estrutura de Brasília e a organização do sistema dificulta a locomoção, principalmente, da população mais vulnerável.
Segundo Max, é preciso trazer para o centro do debate as vontades dos usuários. “O transporte público é um direito social, constitucional. A gente quer fiscalizar isso, sem romantismo. A gente quer trazer as melhores experiências”, disse.
Ele ainda frisou que é possível implementar a tarifa zero no DF. “Tarifa zero é possível. Você pode ter imposto progressivo. Taxação de IPTU também progressiva. Existem saídas e perspectivas que nós vamos trazer para o DF.”
Drogas e escolas militarizadas
Em relação à legalização da maconha e combate às drogas, Max afirmou que é à favor do cultivo pessoal. “Esse debate central se dá no campo federal. Eu sou a favor do auto cultivo. Essa guerra de combate às drogas não deu certo em lugar nenhum”, comentou.
Ele reforçou a importância da cannabis medicinal para o tratamento de certas doenças. “Tem família que o filho tinha muitas convulsões por dia e, com o uso da cannabis, ficou mais de um ano sem convulsionar”.
Questionado sobre as escolas militarizadas, também conhecidas como as de gestão compartilhada, Max Maciel declarou que não concorda com a maneira como a medida foi implementada. “Temos de separar o que é uma escola militar do que é uma escola militarizada. A pessoa escolhe se ela quer estar em uma escola militar. Na escola militarizada, se coloca policiais dentro da escola que não tem nem monitor”.
“É contra um principio constitucional. Não temos nenhum problema com a policia, temos problemas com o modelo ostensivo. A policia não consegue resolver nada do lado de fora e dentro, a autoridade dos professores está sendo negada.”
Veja a entrevista completa:
Gabinete aberto
Max ainda afirmou que pretende manter o debate aberto com a população durante todo o mandato. “O que a gente quer trazer é trazer as periferias que foram afastadas do debate político ou só são lembradas durante o período eleitoral.”
Segundo ele, o gabinete sempre estará aberto para receber sugestões da população. Por fim, Max completou que pretende manter um mandato amistosos com os colegas distritais, sejam eles de esquerda ou de direita.