Tebet consola Doria: “Nunca foi adversário. Sempre foi aliado”
A senadora apontou disposição para incorporar ideias do tucano em seu programa de governo e disse esperar ter o PSDB em sua chapa
atualizado
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Pré-candidata do MDB à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS) se manifestou em apoio ao ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), que anunciou sua desistência na disputa eleitoral deste ano dentro da chamada terceira via. Em nota, a senadora se mostrou aberta a conversar para receber contribuições do tucano destinadas ao programa de governo e composição da chapa.
A senadora disse ainda apostar na união do chamado centro democrático. “Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado”, disse.
“Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo. O Brasil é maior do que qualquer projeto individual. Vamos trabalhar para unir todo o centro democrático”, declarou a emedebista.
“Gostaria muito de ter o PSDB e o Cidadania juntos conosco. Vamos aguardar a decisão das direções partidárias. Vamos continuar nossa Caminhada da Esperança. Vamos unir o país e tratar de sua reconstrução moral, institucional e poltica. O povo tem pressa e precisamos semear esperança.”
Tebet ainda exaltou a luta de Doria para providenciar vacinas o mais rapidamente possível no início da pandemia de Covid-19, enquanto o governo de Jair Bolsonaro (PL) relutava em reconhecer a eficácia dos imunizantes e recomendava medicamentos sem comprovação científica. “Sua contribuição com a luta pela vacina jamais será esquecida”, disse.
“Coração ferido”
Doria anunciou o recuo na corrida presidencial de 2022 em um pronunciamento no início da tarde desta segunda-feira (23/5). A decisão foi precedida de uma sequência de embates dentro do próprio PSDB. Emocionado, ele se disse com o “coração ferido” ao ter que desistir da disputa.
“Entendo que não sou o candidato da cúpula do PSDB, e aceito. Sempre busquei e continuarei buscando o consenso, ainda que ele seja contrário a mim. Saio de coração ferido e de alma leve”, disse Doria, em discurso ao lado de sua esposa Bia Doria e do presidente nacional Bruno Araújo.
Doria, no entanto, não anunciou se pretende disputar outro cargo, mas se disse disposto a “lutar para a guerra para a qual foi chamado”.
“Seguirei como observador sereno do meu país, sempre com a disposição de lutar a guerra para a qual eu fui chamado. Que Deus proteja o Brasil”, acrescentou Doria.