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Sabatina Metrópoles: Keka defende renda permanente de R$ 1,2 mil

Candidata do PSol ao governo do DF participou da sabatina do Metrópoles nesta sexta (23). Ela falou durante 30 minutos sobre as propostas

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Larissa Alvarenga e Matheus Garzon durante Sabatina com a candidata ao GDF Keka Bagno PSol estúdio Metropoles
1 de 1 Larissa Alvarenga e Matheus Garzon durante Sabatina com a candidata ao GDF Keka Bagno PSol estúdio Metropoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Keka Bagno (PSol) participou, nesta sexta-feira (23/9), da sabatina do Metrópoles. A candidata ao Governo do Distrito Federal (GDF) falou, durante 30 minutos, aos jornalistas Matheus Garzon e Larissa Alvarenga sobre as propostas que pretende colocar em prática, caso eleita.

A candidata começou a entrevista falando sobre o programa Movimento, título do seu plano de governo. “Foi construído por mais de 90 pessoas. Nossa principal proposta é a de renda básica permanente, com a transferência de R$ 1,2 mil para pessoas em situação de fome”, disse.

Segundo ela, o valor repassado atualmente por meio dos programas sociais não é suficiente. “Você faz o que com R$ 600? Você tem que escolher se paga a comida, se pega transporte ou se paga o aluguel”. Ela reforçou que há recursos suficientes para a implementação da renda básica permanente.

Keka ainda defendeu a taxação de grandes riquezas. “Quem ganha mais, vai pagar mais”.

Em seguida, a candidata detalhou como será a relação com a Câmara Legislativa do DF (CLDF), caso eleita. Ela reforçou a ideia de que a bancada do PSol deve aumentar no próximo mandato. “Tenho muita convicção que nossa bancada vai aumentar. Para nós, ter uma bancada fortalecida é muito importante, além da bancada progressista”.

Educação

Questionada sobre as propostas para a área da Educação, Keka posicionou-se contra a gestão compartilhada com militares, implementada pelo atual governo.

“Sou radicalmente contra a escola militarizada. Não é um projeto de educação, é um projeto de violência. A forma como foi trazida para a sociedade foi criminosa. Olha, 39% da população do DF é contra a escola militarizada. Escola é espaço para educação. Temos mais de 100 denúncias na Delegacia da Criança e do Adolescente [DCA] de dentro das escolas militarizadas”, disse.

“São mais de 20 mil crianças hoje na fila das creches. Isso é um absurdo. A nossa meta é zerar. Isso é possível, se a gente aumentar a parceria com as Oscs [parcerias firmadas entre Estado e Organizações da Sociedade Civil] como é feito atualmente, até que as creches sejam construídas e estatizadas”, declarou. Nos ensinos fundamental e médio, a candidata defende a ampliação de escolas com períodos integrais.

Programas habitacionais e transporte

“Temos um déficit habitacional enorme no DF. Então, para nós, construir, criar e implementar um programa de habitação social para pessoas que recebem um ou dois salários mínimos diminui a situação que temos hoje de pessoas que residem em lugares que não pode, como áreas de preservação ambiental.

A candidata defendeu aumento das investigações sobre grilagem de terras na capital federal. “Investigação muito séria e fomento das polícias”, afirmou.

Em relação ao transporte público, Keka defendeu uma mudança na gestão com a abertura de nova licitação. “Qualquer candidato que fale que a construção do metrô na região Norte do DF é a curto prazo não está falando a verdade. Isso não é possível. Então, a abertura de uma nova licitação do ônibus é importante para que a gente tenha segurança e transportes limpos”, disse.

Ela também defendeu a implementação da tarifa zero, mas “com responsabilidade” e integração com o Entorno do DF. “É possível. Só não é possível com a tarifa mais cara do país como é agora”.

Apoio presidencial e Saúde

Durante a sabatina, Keka negou que tente colar a imagem ao ex-presidente Lula (PT), mas defendeu o apoio à eleição do candidato à presidência da República. “Nós fazemos parte de uma coligação nacional. O PSol, em decisão histórica, decidiu que, nessas eleições, em defesa do nosso país, não lançaríamos candidatura à presidente”. Ela reforçou que a intenção é “tirar” o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), do Palácio do Planalto.

“A gente anda nas ruas e leva o nome do Lula. Isso é muito importante. Acreditamos que é possível ganhar no primeiro turno”, defendeu.

Sobre as propostas para a Saúde pública, Keka defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS). “A Secretaria de Saúde se tornou um palco de escândalos. As filas crescem cada vez mais”, disse. Ela ainda reforçou a intenção de extinguir o Instituto de Gestão e Estratégia em Saúde (Iges-DF). “Esse recurso que está sendo investido no Iges seja voltado para a atenção primária.”

Keka revelou que, caso não consiga chegar ao segundo turno no DF, ela deve apoiar algum candidato da esquerda.

Veja a sabatina completa:

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