Sabatina Metrópoles. Ibaneis quer construir hospitais e expandir metrô: “Política de desenvolvimento”
Candidato à reeleição participou da sabatina do Metrópoles nesta quarta (21/9). Ibaneis falou sobre relação com Bolsonaro e com adversários
atualizado
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O governador e candidato à reeleição Ibaneis Rocha (MDB) participou, nesta quarta-feira (21/9), da sabatina do Metrópoles. Durante 30 minutos, chefe do Executivo local falou às jornalistas Larissa Alvarenga e Isadora Teixeira sobre as principais propostas para o DF, caso se mantenha no cargo pelos próximos quatro anos.
O emedebista falou sobre as propostas para Saúde, Educação, Segurança e Transporte públicos. Segundo ele, caso eleito, a intenção é avançar em todos os projetos ativos atualmente.
“Vamos colocar uma política de desenvolvimento no DF. Queremos construir três hospitais e avançar muito em todos os projetos que nós temos”, disse. Para ele, a pandemia de Covid-19 atrapalhou a gestão nos últimos quatro anos. “O dinheiro até existia, mas tivemos que virar a chave na questão da Saúde. Tivemos que fazer um gasto em torno de R$ 3 bilhões com a pandemia. Temos muito o que avançar e vamos conseguir”, declarou.
Em relação ao Instituto de Gestão e Estratégia em Saúde do DF (Iges-DF), Ibaneis reforçou que pretende manter o modelo. “Não tenho críticas ao Iges-DF. Se não fosse ele, talvez não tivéssemos dado conta de fazer tudo o que fizemos durante a pandemia. Dos três hospitais que pretendemos construir, por exemplo, um deve ser gerido pelo Iges”.
Transporte e educação
O candidato também falou os planos que tem para a expansão da linha do metrô. “Para fazer a expansão, nós precisamos de recursos que vêm do governo federal. O investimento é muito alto. Estamos atrás disso. Outra coisa é a concessão da operação, que foi submetida ao Tribunal de Contas do DF, que até hoje não liberou o processo. Precisamos trazer a iniciativa privada”, defendeu.
Sobre a gestão compartilhada implementada em algumas escolas públicas pelo governo, Ibaneis afirmou que tem a intenção de expandir o modelo para 40 unidades educacionais.
Segurança
Durante a sabatina, Ibaneis também comentou sobre a promessa de 2018 de equiparar os salários da Polícia Civil com os da Polícia Federal. Ele afirmou que a medida não saiu do papel devido à dependência do DF com o Fundo Constitucional, que é gerido pelo governo federal. “Você fica na dependência política do momento adequado para o presidente mandar um recado ao Congresso Nacional. Se fosse por nossa vontade, estaríamos em uma situação bem melhor”.
“Não foi falta de vontade política. Os ânimos no Congresso Nacional dependem de outras situações. Nós precisamos ter a gestão do fundo”, reforçou.
Relações políticas
Ibaneis também comentou sobre a relação política com o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Segundo o emedebista, os dois são aliados, mas não há submissão. “[Caso Lula (PT) seja eleito, espero que a relação seja a mais pacífica possível. O meu convívio com o Bolsonaro é exatamente pelo carinho que ele teve com o DF. Conseguimos recursos de investimento. Avançamos na regularização fundiária com a transferência de terras da União”, destacou.
“Bolsonaro foi muito correto comigo em todos os momentos. Não sou amigo dele, não tenho nenhuma submissão, mas temos um nível de respeito muito grande e é isso que nos coloca juntos nesse momento de reeleição. A Simone Tebet (MDB) não conseguiu a união do partido. Eu nunca fui procurado pela Simone Tebet. Fui procurado por Bolsonaro. Isso não impede que a gente volte a discutir esse assunto mais adiante”, comentou, sobre a decisão de apoiar a reeleição do atual presidente e não o nome lançado pelo MDB.
Sobre os embates de Bolsonaro com o Poder Judiciário, Ibaneis comentou que não concorda com os posicionamentos do presidente. “Pelo fato de apoiar Bolsonaro não sou obrigado a concordar com tudo que ele fala. Tenho grande respeito pelas decisões judiciais. Sempre respeitei todas. Sou um democrata de origem. O presidente tem um posicionamento de embate com o STF e TSE com o qual eu não compartilho.”
Em relação aos adversários que concorrem ao Palácio do Buriti, Ibaneis considerou que há muitos “ataques desnecessários” entre os candidatos.
“Acredito muito na força do trabalho. Tenho evitado ir em alguns [debates] porque os adversários têm usado para partir ao ataque desnecessário e acho que não é isso que o eleitor quer.”
Ibaneis comentou sobre um candidato específico, Paulo Octávio (PSD). Segundo ele, o empresário chegou a querer ocupar o lugar de candidato a vice-governador na chapa de Ibaneis, mas, depois, se lançou como candidato ao governo.
“Espero que, caso haja um segundo turno, e ele não esteja, e que ele venha para o nosso lado.”
Ibaneis é o terceiro entrevistado na série iniciada na segunda-feira (19/9). Leandro Grass (PV) e Paulo Octávio (PSD) já passaram pela sabatina do Metrópoles.