Quatro candidatos ao GDF têm planos que incluem público LGBTQIA+. Veja
Paulo Octávio (PSD) e Izalci Lucas (PSDB) são os candidatos ao GDF que não têm propostas voltadas à população LGBTQIA+. Confira
atualizado
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Quatro candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) incluem a população LGBTQIA+ em seus planos de governo. Os documentos estão disponíveis em página de consulta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Metrópoles analisou as propostas dos seis candidatos mais bem pontuados segundo as pesquisas Metrópoles/Idea. São eles: Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Octávio (PSD), Leila Barros (PDT), Izalci Lucas (PSDB), Leandro Grass (PV) e Keka Bagno (PSol). Destes, Paulo Octávio e Izalci são os candidatos que não têm propostas voltadas à população LGBTQIA+.
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Confira, abaixo, o que prometem os postulantes ao Buriti:
Ibaneis Rocha
Candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB) tem um programa de governo com 72 páginas. O documento está divido em 20 capítulos com as principais propostas que poderão ser adotadas após os resultados das urnas em outubro.
No capítulo que foca no desenvolvimento social consta que uma das prioridades do governo Ibaneis Rocha será “criar mecanismos físicos, mas principalmente empreender ações voltadas para as crianças e adolescentes, pessoas idosas e com deficiência, mulheres em situação de violência, famílias em geral, população em situação de rua, comunidade LGBTQIA+, migrantes, população indígena, entre outros públicos”.
Veja aqui o plano do candidato do MDB.
Leila Barros
Com 55 páginas, o plano de governo de Leila Barros (PDT) lista alguns projetos para combate à violência cometida contra o público, projetos de campanhas de conscientização, de atendimento psicológico e de criação de casas de acolhimento. No âmbito da segurança, Leila quer capacitar servidores do sistema de Segurança Pública para atendimento humanizado, condução da ocorrência e encaminhamentos de meninas, mulheres e população LGBTQIA+ em situação de violência.
Nas escolas, seu eventual governo pretende manter uma campanha permanente pelos direitos humanos e contra o racismo, a LGBTfobia, o machismo, a violência, o bullying e a intolerância no espaço escolar. A ideia é integrar políticas de Segurança, Saúde e Educação para identificação e enfrentamento da violência contra mulher, crianças e população LGBTQIA+. Ao falar sobre desenvolvimento social, a candidata do PDT cita um programa que pretende criar voltado especialmente para esse público.
Veja aqui o plano da candidata do PDT.
Izalci Lucas
O plano de Izalci Lucas (PSDB) tem oito páginas. As propostas estão resumidas em um Plano de Metas com 15 eixos temáticos. Ao todo, são 45 pontos definidos, segundo o documento, após conversas com especialistas e a população de todas as regiões administrativas.
O projeto do candidato menciona que o DF é marcado por uma série de desigualdades, como “de renda, de raça, de gênero, de orientação sexual, de faixa etária e ciclo de vida, de acesso à cultura, de qualidade urbano-ambiental”. “Planejar políticas públicas para o DF significa compreender e enfrentar tais desigualdades regionais”, consta no documento. No entanto, não há nenhuma proposta efetiva que contemple a comunidade LGBTQIA+.
Veja aqui o plano do candidato do PSDB.
Leandro Grass
O plano de Leandro Grass (PV) está baseado em seis propostas prioritárias e cinco eixos estratégicos. As prioridades do candidato são os temas de Saúde, Educação, Transporte, Economia e Segurança Pública. O documento tem 22 páginas. No texto, o candidato ao Buriti diz que implementará políticas de promoção da equidade para as mulheres, população do campo, negros, pessoas idosas, com deficiência, população cigana e em situação de rua, LGBTQIA+ e indígenas em todas as áreas do governo.
O político ainda defende que seu plano de governo está fundado na elaboração e implantação de políticas públicas que garantam o exercício dos direitos, o combate à discriminação e o respeito à cidadania LGBTQIA+ em suas diferentes formas de manifestação e expressão.
Veja aqui o plano do candidato do PV.
Keka Bagno
Keka Bagno (PSol) é a concorrente que apresenta mais propostas voltadas para a comunidade. No total, o plano de governo dela contém 95 páginas. No âmbito da assistência social, o projeto inclui a criação de Casa de Passagem e ampliação de acolhimentos para essas pessoas. Outra meta é combater a discriminação racial e o assédio sexual nos veículos, pontos e acessos aos transportes públicos coletivos, com: iluminação adequada em pontos de ônibus e calçadas, autorização para o embarque/desembarque de mulheres e pessoas LGBTQIA+ fora do ponto entre 22h e 5h.
Na área de saúde, caso seja eleita, Keka promete ampliar e reestruturar o ambulatório trans com integralidade entre a Secretaria de Assistência Social, de Trabalho e Transporte para garantir o atendimento e permanência nos acompanhamentos. Para isso, haverá um concurso público multiprofissional destinado ao ambulatório trans e ao Adolescentro. Bagno quer ainda implementar serviço público de cirurgias para garantir o processo transexualizador integral pelo SUS no DF.
Veja aqui o plano da candidata do PSol.
Paulo Octávio
O plano do empresário Paulo Octávio (PSD) é dividido em metas. Ao todo, são 10 áreas abrangidas pelo documento que prevê criação de empregos, construção de policlínicas e construção do Veículo Leve sob Trilhos (VLT). O documento de 12 páginas não cita em nenhum momento ações em prol da população LGBTQIA+.
Veja aqui o plano do candidato do PSD.