“Não vejo o aborto como questão de saúde publica”, diz Thiago Manzoni

O deputado distrital eleito Thiago Manzoni (PL) participou, nesta quinta-feira (20/10), do Metrópoles Entrevista. Durante cerca de 30 minutos, o parlamentar falou à jornalista Ana Karolline Rodrigues sobre os projetos e pautas que pretende defender na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) a partir de 2023.

Entre os temas abordados durante a entrevista, Thiago afirmou que, para combater o aborto, é preciso investir na prevenção da gravidez indesejada. Segundo ele, o aborto não deve ser legalizado, já que não seria uma questão de saúde pública.

“Eu não vejo a questão do aborto como uma questão de saúde pública. Uma das formas de prevenir isso é com prevenção de gravidez indesejada. Outra forma, que passa também pela prevenção, é o fortalecimento do núcleo familiar. A falta da figura paterna muitas vezes faz com que as mulheres procurem o aborto. Se a gente fortalecer o núcleo familiar, vamos evitar [o aborto]”, disse.

Atuação

O parlamentar foi eleito pela primeira vez em 2022, mas, em 2018, chegou a tentar uma vaga na Casa. Para ele, o que mudou entre os pleitos foi o fortalecimento da base e o apoio de figuras políticas conhecidas.

“Além de aumentar a base, em 2022, houve dois fatores: concorrer pelo partido do presidente da República, e receber o apoio da deputada Bia Kicis (PL). Não tenho duvida que esses dois fatores contaram muito junto à base.”

Em relação à atuação na CLDF, Manzoni afirmou que pretende fiscalizar as ações do governo local, mas com apoio aos projetos.

“Que a gente ajude o governador [Ibaneis Rocha] a desatar alguns nós. Temos alguns problemas conhecidos há anos no DF. Podemos avançar muito na saúde, educação e transporte. É o trabalho conjunto do governo com a CLDF. Uma fiscalização para ajudar não para atrapalhar.”

Veja a entrevista completa:

Pautas

Durante a entrevista, Manzoni defendeu pautas conservadoras e afirmou que a família é a base de tudo. Ele ainda afirmou que as escolas devem ensinar apenas disciplinas curriculares.

“O povo brasileiro, em sua ampla maioria, é conservador. Às vezes, as escolas ensinam outras coisas que não têm relação com o futuro educacional das crianças. A escola deve focar naquilo que é disciplinarização das crianças e deixar a questão de caráter com as famílias.”