Lula diz que o “PSDB acabou” durante lançamento de livro
O candidato à Presidência da República afirmou ter saído mais forte da prisão, enquanto adversários enfraqueceram
atualizado
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No lançamento do livro “Querido Lula: Cartas a um presidente na prisão”, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou por 40 minutos. E durante esse tempo, na noite de terça-feira (31/5), na PUC de São Paulo, ele aproveitou para criticar adversários e, principalmente, o atual presidente, Jair Bolsonaro. Mas uma frase no discurso chamou atenção, quando o petista afirmou que o “PSDB acabou”.
Lula falava do tempo em que ficou preso e que os adversários achavam que ele tinha ficado mais fraco. E que, na verdade, teria saído mais forte. “Uma vez teve um senador do PFL que disse que era preciso acabar com ‘essa desgraça do PT’, o Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora quem acabou foi o PSDB. E o PT continua forte, continua crescendo”, alfinetou.
Candidato à Presidência da República, Lula tentou uma aproximação com o PSDB. Conversou, por exemplo, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro Aloysio Nunes. O último, inclusive, já disse que vai apoiar o petista no primeiro turno das eleições.
Lula também chamou Geraldo Alckmin, um dos grandes nomes tucanos, mas agora no PSB, para ser vice na chapa. Brigas internas no PSDB, que fizeram João Doria desistir da candidatura, empurraram o partido para uma indefinição quanto a lançar candidatura própria ou apoiar outras siglas.
Quem não saiu do radar do ex-presidente foi Bolsonaro. “Não adianta o Bolsonaro dizer que vai dar golpe, que ‘só Deus me tira daqui’. Como eu acredito que a voz do povo é a voz de Deus, a voz do povo vai tirar ele de lá”, disse em um dos pontos do discurso, no lançamento do livro que reúne cartas enviadas a ele durante a prisão em Curitiba por causa da Operação Lava Jato.
“Vocês viram o atual presidente chorar com alguma morte de gente pela Covid? Vocês viram o presidente chorar por alguma que pessoa que morreu nesses acidentes e nessas chacinas, muitas vezes causadas pela polícia? Porque a violência da polícia hoje é a ausência do Estado no cumprimento das suas funções”, acusou.
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