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Eleita senadora, Damares envia recado à comunidade LGBTQIA+: “Serão protegidos”

A nova senadora participou do Metrópoles entrevista nesta segunda (3). Ela também falou sobre a relação com adversários e planos para futuro

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Close de Damares Alves no estúdio do Metrópoles
1 de 1 Close de Damares Alves no estúdio do Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), participou, nesta segunda-feira (3/10), do Metrópoles Entrevista. À jornalista Isadora Teixeira a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos falou sobre a reação ao saber que havia sido eleita e relatou os próximos passos.

Um dos pontos expostos durante a conversa foi a relação com a comunidade LGBTQIA+. Ela afirmou nunca ter tido nada contra, apesar de assumir que tem um perfil conservador.

“Eles têm de ser respeitados, protegidos e amados como todo cidadão e eu sempre lutei por isso. Todo mundo pensa que é uma guerra contra gay, mas não é. Sou contra a teoria da ideologia de gênero. O movimento gay entendeu que essa teoria pode ser prejudicial, inclusive para eles”, defendeu. Damares ainda revelou que está “nas ruas” trabalhando com travestis há 35 anos.

Veja a entrevista completa:

Resultado da eleição

Segundo Damares, foi o ministro da Justiça, Anderson Torres, quem a avisou sobre o resultado da eleição. “Não acompanhei a apuração. Fiquei em casa sozinha e orando. Avisei ao meu pessoal que, se eu fosse eleita, eles iriam na porta do prédio e buzinar, mas antes, o Anderson ligou”, comentou a nova senadora.

Depois, ela contou ter ido se encontrar a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e com o governador reeleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Em relação à Flávia Arruda (PL), que também concorria à vaga do Senado, Damares comentou que ainda não falou com a adversária.

“Não liguei para a Flávia ainda, mas todo mundo sabe o carinho que eu tenho por ela.” Porém, a eleita senadora comentou não nutrir o mesmo sentimento pelo marido de Flávia, o ex-governador do DF José Roberto Arruda (PL). “Ele foi muito agressivo comigo sem necessidade alguma”, disse.

Ela comentou sobre o episódio em que teria sido chamada de “prostituta” pelo ex-governador. “Ele passou ao lado de um carro que estava com meu adesivo, pediu para que a pessoa abaixasse o vidro e começou a falar coisas sobre mim. A palavra mais leve usada foi prostituta.”

Damares também comentou sobre recentes ameaças de morte que vem recebendo, mas reforçou que não se abala. “Eles sabem que a única forma de me parar é me matando. Mas eu sigo firme, eu tenho proteção divina”, disse.

Relação com Ibaneis e CLDF

Sobre o relacionamento com Ibaneis, Damares afirmou que quer trabalhar em conjunto com o emedebista, mesmo após ter sido substituída por Flávia na chapa dele. Ela contou que, após os resultados, falou para Ibaneis que ele “tem uma senadora”.

“Tenho muitas propostas para o DF e quero conversar com o governador. O DF precisa de algumas respostas imediatas e Ibaneis quer muito dar essa resposta”, disse. A senadora eleita também comentou que pretende unir os poderes a fim de trabalhar pelo DF. “Já estive com três dos oito deputados eleitos: Julio Cesar, Fred Linhares e Gilvan Máximo [todos do Republicanos].”

Em relação aos deputados distritais, em que os três mais votados são de partidos de esquerda, Damares avaliou que a população não leva em consideração a ideologia na hora de escolher os ocupantes da Câmara Legislativa do DF (CLDF).

“As pessoas veem o deputado distrital como um grande vereador. Como uma pessoa que não vai interferir em pautas ideológicas. Independentemente da ideologia, sabem que o cara vai fazer a rua, o asfalto. Todo mundo se preocupou com a ideologia em nível nacional, mas, no serviço do dia a dia, as pessoas acabaram escolhendo um parente, um amigo. Vamos torcer para que eles façam, todos eles”, afirmou.

A nova senadora diz estar confiante na reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é aliada. “Creio que os votos de Simone migram para Bolsonaro. E os votos de Ciro, se ele provou que Lula é ladrão, eles vão seguir o líder e migrar o voto para Bolsonaro.”

Participação no Senado

Segundo Damares, o Senado vai tomar decisões “muito sérias nos próximos anos”, e ela cravou que quer participar desses momentos. Por isso, revelou que, em um primeiro momento, não aceitaria retomar a chefia de algum ministério. “Eu quero estar lá. Eu prometi ao eleitor.”

Ela ainda comentou que pretende fazer um mandato participativo e revelou o desejo de se candidatar à presidência do Senado. “Eu quero ser a presidente do Senado. Vou conversar com meu partido. É uma decisão muito séria e que passa também pelo presidente da República. Não farei nada que o presidente não queira.”

“Eu seria a presidente do Senado mais bonita da história. Se apaixonem por mim. Eu trabalho muito e vou trabalhar muito. Fiscalize, acompanhe, cobre. Mandem propostas, sugestões. Eu quero ser uma grande senadora”, completou.

Damares ainda comentou que segue solteira e que está à procura de um companheiro. “Quero casar, quero um marido. Alô, solteiros, mandem currículo.”

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