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Candidatos ao GDF expõem propostas ao setor da construção civil. Veja

Ibaneis Rocha, Izalci Lucas, Leandro Grass e Paulo Octávio participaram de sabatina realizada por Sinduscon, em conjunto com Ademi e Asbraco

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Na tarde desta terça-feira (13/9), quatro dos principais candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) participaram de uma sabatina realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), em conjunto com a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF) e a Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco).

Ibaneis Rocha (MDB), Paulo Octávio (PSD), Izalci Lucas (PSDB) e Leandro Grass (PV) compareceram ao encontro e apresentaram as principais propostas que irão destinar ao setor da construção civil, caso eleitos. Cada candidato falou por 45 minutos, com direito a 12 minutos de apresentação e 3 de fala sobre tema surpresa, sorteado antes dos comentários. Em seguida, responderam aos questionamentos da mesa e do público.

Ibaneis Rocha

Atual governador e candidato à reeleição, Ibaneis apresentou as propostas de continuidade do seu governo. Apresentou uma estimativa da Secretaria de Economia do DF que indicou montante de R$ 9 bilhões que podem ser destinados a obras na capital federal. O valor corresponde ao acumulado de recursos do próprio GDF, com financiamentos junto ao governo federal e organismos internacionais.

Em outro momento, foi enfático, quando tratou de grilagem de terras e voltou a afirmar que não tolera a prática no DF. “No meu governo, todas as invasões foram combatidas, nós derrubamos aquilo que era construído de forma ilegal. Esses dias eu estava fazendo campanha no Sol Nascente e eles estavam invadindo o terreno de uma escola. E eu mandei tocar fogo nos barracos que tinham lá, tirei de lá de dentro e não admiti que fosse feito isso”, disse.

O chefe do Executivo local assegurou que possui diversos projetos em andamento no DF e apresentou a construção de três hospitais, expansão do Metrô-DF, ampliação da infraestrutura de drenagem. Também disse que irá manter uma boa relação com o governo federal, independentemente de qual candidato vença em 2 de outubro e ressaltou a boa relação que construiu com o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Estou apoiando quem tratou bem a cidade que eu amo. Destravamos diversas obras que estavam paradas há muitos anos, justamente por conta de apoio que veio da esfera federal”, pontou.

Paulo Octávio

O ex-governador Paulo Octávio (PSD) defendeu o crescimento ordenado e a criação de novas regiões administrativas na capital federal. “O desafio habitacional de Brasília, se continuar a crescer como está, é muito grande. A cidade cresce 1% ao ano. Nós temos que pensar o que fazer. O que tem que haver no próximo governo é planejamento urbanístico”, disse.

“Tínhamos que pensar em um anel viário, na construção de dois hospitais ─ um em São Sebastião e outro no Recanto das Emas. Acredito que a infraestrutura é uma grande alavanca de geração de emprego, de renda e de qualidade de vida para a população”, pontuou.

O candidato defendeu, ainda, o mapeamento de todas as nascentes de Brasília para possibilitar a preservação ambiental.

Izalci Lucas

O senador e candidato Izalci Lucas (PSDB) também defendeu a importância da infraestrutura como tema central de seu governo, caso venças as eleições. “Não adianta só obra. Você tem que garantir que ela funcione depois da conclusão. Do que adianta construir um hospital senão tem médico para trabalhar depois”, argumenta.

Em sua fala, criticou a atuação da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), a qual chamou de “uma das maiores grileiras do DF”. “Tudo que ela vendeu foi para pagar a folha de pagamento dela”, afirmou.

O candidato também defendeu o reaproveitamento dos resíduos sólidos utilizados em obra como forma de geração de renda, a preservação ambiental e a transparência do governo. No fim da fala, se disse contra o pregão eletrônico para obras. “Sou totalmente contra o pregão eletrônico para obra, você tem que pregar qualidade e preço”, argumentou.

Leandro Grass

Leandro Grass (PV) criticou o crescimento desordenado e o que chamou de indústria da “regularização”. “A indústria da regularização é maléfica para o DF, porque ela não só coloca em risco o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda e o planejamento urbano. Mas ela também põe em risco a saúde, as condições de vida da população”, argumentou.

Grass avaliou que falta interesse da atual gestão em combater a grilagem de terras na capital federal. “Já existe o sistema que monitora em satélite o avanço em tempo real. O que não existe é resposta para isso”, lamentou.

Como resposta, propôs a criação de um comitê de enfrentamento à grilagem durante o início do mandato. “Não pode esperar muito. Tem que ser imediatamente, fica muito sensível, quando já tem ocupação”, defendeu.

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