Rollemberg aceita derrota: “Não pretendo fazer um terceiro turno”
Governador perdeu a disputa pela reeleição. Ibaneis Rocha, do MDB, assume o Palácio do Buriti em 1° de janeiro de 2019
atualizado
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Era por volta das 20h15 deste domingo (28/10) quando o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) chegou ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no comitê central de campanha. O socialista acompanhou a apuração em um sítio na área rural de Luziânia (GO), ao lado da mulher, Márcia, e de dois dos três filhos.
Mais tarde, ele se deslocou ao SIA após as urnas confirmarem a vitória de Ibaneis Rocha (MDB). Depois, seguiu para a casa da mãe, Dona Tereza, na 206 Sul. No local estavam parentes, como Ícaro, um dos filhos de Rollemberg, além de apoiadores. Após receber os cumprimentos da matriarca, voltou para o SIA, onde foi recebido aos gritos de: “Eu tenho orgulho, eu tenho amor, o Rollemberg é o melhor governador”.
Ao comentar a derrota, Rollemberg disse não pretender “fazer força” para que os processos movidos contra Ibaneis tenham andamento mais rápido na Justiça, e afirmou que aceita “humildemente a derrota”.
As ações terão curso normal do Judiciário. Recebemos com humildade o resultado das urnas e respeitamos o desejo da população de Brasília. Não tenho a menor pretensão de fazer um terceiro turno nessas eleições
Rodrigo Rollemberg
Ligação para Ibaneis
Emocionado e acompanhado da mulher, Márcia Rollemberg, disse sentir “muito orgulho do governo que fez” e se colocou à disposição para ajudar Ibaneis na transição. “Deixo o governo muito melhor do que encontrei. Agradeço a oportunidade de estar aqui e ter passado por esses 3 anos e 10 meses de trabalho”.
Apesar dos embates contra o emedebista durante a corrida eleitoral, o socialista disse ter ligado para o adversário e desejado boa sorte. “Estou à disposição e até 31 de dezembro estarei a postos para trabalhar pela população de Brasília”, afirmou em seu pronunciamento.
“Legado”
Logo após votar, nas primeiras horas desta manhã, Rollemberg disse que estava tranquilo. “Acordei sereno, com a sensação de dever cumprido. Sei que pegamos Brasília numa situação difícil tanto do ponto de vista político quanto da economia, mas deixamos um legado à cidade”, afirmou o gestor.