PF vai apurar denúncia de PMs sobre suspeita de fraude em urna no DF
Inquérito foi aberto nesta sexta (19/10). Os militares gravaram vídeo relatando problemas na coleta e no envio de dados dos equipamento
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal decidiu abrir inquérito, nesta sexta-feira (19/10), para investigar denúncia de dois policiais militares do Distrito Federal sobre suspeitas de fraude em urnas eletrônicas. Em vídeo que circulou nas redes sociais no primeiro turno, em 7/10 (veja abaixo), os sargentos Hércules e Ivomar aparecem na frente da sede da Superintendência da PF.
Na gravação, os militares dizem que acompanhavam um representante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para denunciar problemas na coleta e no envio dos dados dos equipamentos. “A urna que deveria estar zerada já veio com a suspeita de ter votos impressos nela”, disse Ivomar. “A situação é um pouco mais grave do que se imagina”, completou Hércules.
Veja o vídeo divulgado pelos policiais militares:
No último dia 11, a Procuradoria Regional Eleitoral no DF, do Ministério Público Federal, requisitou instauração de inquérito policial eleitoral para investigar todos fatos que envolvem a gravação do vídeo.
De acordo com o procurador regional eleitoral, José Jairo Gomes, é preciso “apurar todos os aspectos do episódio, de modo a garantir a segurança do processo eleitoral, notadamente por meio de informações corretas e sem qualquer conotação eleitoreira”.
Para o membro do MP, as “referidas autoridades divulgaram nas redes sociais, de forma açodada e sem qualquer embasamento técnico, informações relativas à suposta ocorrência de fraude no sistema eletrônico de votação”.
Solicitação de instauração de inquérito by Metropoles on Scribd
O procurador alerta que o argumento de fraude pode constituir campanha para um dos candidatos à Presidência da República. José Jairo Gomes destaca que a legislação prevê como crime a divulgação de qualquer espécie de propaganda no dia da votação. Aponta, ainda, o artigo 296 do Código Eleitoral, que também penaliza o ato de “promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais”.
Procurada pelo Metrópoles, a assessoria de comunicação da PMDF informou que a corporação abriu inquérito policial para apurar o fato.