Fim da ressaca: debate do Metrópoles e pesquisas agitam campanha no DF
Os times estão praticamente definidos e as movimentações internas foram feitas nos dias posteriores ao primeiro turno
atualizado
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A ressaca do primeiro turno acabou e o segundo round da disputa eleitoral está cada vez mais próximo: faltam 13 dias. Os times estão praticamente definidos e as movimentações internas ocorreram com intensidade nos dias posteriores ao pleito, no domingo (7/10).
Nesta semana, novos fatores prometem agitar a campanha política. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF) Ibaneis Rocha (MDB) e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) estarão cara a cara mais uma vez no debate promovido pelo Metrópoles em parceria com rádios, a partir das 19h30 de quarta-feira (17). Além do site, as emissoras Redentor AM (110), Rádio Atividade FM (107,1), Rádio Supra FM (90,9), JK FM (102,7) e JK AM (1410) transmitirão ao vivo o evento.
O Ibope e a Datafolha registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgação de pesquisas para quarta-feira (17). Porém, não significa que os eleitores ficarão sabendo do resultado no dia, pois a publicação depende de decisão da Rede Globo, empresa contratante de ambas sondagens.
Agora que é um contra o outro, as estratégias de Ibaneis e Rollemberg se desenham. Enquanto o emedebista tem focado em apresentar à população sua origem modesta, o socialista tenta desconstruir a imagem do adversário.
Doutor em ciência política e professor da Universidade de Brasília (UnB), Wladimir Gramacho pontua que a primeira semana após o primeiro turno é de ressaca eleitoral: um momento para balanço sobre erros e acertos. “Agora, cada campanha vem com força total para produzir os lances que possam garantir a vitória daqui a duas semanas”, completou.
O mestre em ação política pela Universidad Rey Juan Carlos, na Espanha, e coordenador do curso de pós-graduação em relações governamentais do Mackenzie, Márcio Coimbra, avalia que as críticas devem se intensificar. “Vemos na propaganda de rádio e TV que os ataques estão crescendo. Mas é muito difícil para o governador alcançar o Ibaneis. O candidato do MDB conseguiu vestir a roupa do novo na política do DF e o eleitorado comprou esta narrativa”, afirmou.
Movimentações
Para o docente do Instituto de Ciência Política da UnB Ricardo Caldas, Rollemberg, que alcançou 49% de rejeição na véspera do primeiro turno, tem poucas chances de reverter o jogo. “Diria que ele tem poucas opções. A mais bem-sucedida seria uma grande descoberta contra o Ibaneis”, destacou.
Embora os times estejam posicionados, algumas peças faltam se encaixar no xadrez político. O PR, o PDT — que até então está com Rollemberg — e o senador Cristovam Buarque (PPS) devem se posicionar nos próximos dias.
A assessoria de Rollemberg disse que, nesta semana, a campanha seguirá o ritmo que adotou nos últimos dias. “Vamos continuar com agendas na rua, preparação para os debates e gravações para o programa eleitoral”, completou.
A equipe de Ibaneis também aposta em gastar mais sola de sapato. “O candidato está apaixonado com a receptividade do povo nas caminhadas”, comentou. Além disso, a coordenação da campanha espera novos aliados.
Primeira semana
Ibaneis recebeu apoio do PSD, PSDB, Podemos, Patriota, DC, PMB, PHS, PRB, PPS e PRP. Os partidos se uniram aos aliados de primeira hora: PP, Avante, PSL e PPL. Rollemberg, que registrou baixa da Rede, segue com PV, PCdoB e PDT.
Tanto o emedebista quanto o socialista tiveram agendas públicas nos sete dias após o primeiro turno, porém, dedicaram boa parte do tempo revisando as estratégias. Ibaneis, por exemplo, integrou um novo membro à sua equipe: o ex-secretário de Comunicação do GDF Weligton Moraes. O profissional estava na campanha de Alberto Fraga (DEM), que conquistou 88.840 votos.