Candidatos ao GDF gastaram R$ 460 mil para turbinar campanha nas redes
Cinco dos 11 postulantes que declararam o impulsionamento de conteúdo ao TSE adotaram estratégias diferentes para chegar ao eleitor
atualizado
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Ambiente de divulgação de conteúdos, fotos, experiências e notícias, as redes sociais também foram usadas como nunca pelos candidatos ao Governo do Distrito Federal para disseminar propostas. Com o objetivo de atingir o maior número de eleitores, cinco dos 11 postulantes à cadeira máxima do Palácio do Buriti abusaram de ferramentas como Twitter, Facebook e Instagram para conversar com o eleitorado. Eles declararam, até a noite de sexta-feira (5/10), terem gasto R$ 460 mil apenas com impulsionamento de conteúdo.
O valor vai aumentar, tendo em vista que, neste sábado (6), último dia de campanha, muitos deles estão a todo o vapor nas redes sociais na tentativa de se aproximarem de Ibaneis Rocha (MDB), líder dos levantamentos realizados pelo Ibope e Datafolha, e irem ao segundo turno.
A ferramenta para aumentar o alcance dos posts teve o maior investimento dentro da campanha de Rogério Rosso (PSD). O postulante declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter usado R$ 210 mil com a prática.
Nesta reta final, somente no Instagram, Rosso chegou a manter 10 publicações em um só dia. Ele usou o espaço para falar sobre mobilidade urbana, valorização de servidor público, investimento na Polícia Militar e sobre a importância do voto.
De acordo com o deputado federal licenciado, o gasto é importante para democratizar a informação. “É a melhor maneira de atingir a população: as redes sociais são fundamentais para expor as prioridades e propostas”, afirmou Rosso.
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Eliana Pedrosa (Pros) usou os momentos finais da campanha voltada ao primeiro turno para divulgar vídeos de apoiadores e atrelar o seu nome ao clã Roriz, que apoia a ex-distrital desde o início do pleito. Na sexta-feira (5), Joaquim Roriz Neto (Pros) e Jaqueline Roriz (PMN) fizeram vídeos com depoimento sobre a postulante. Ela investiu R$ 100 mil na área.
“Meu avô sempre falou que, antes de definir as prioridades do governo, é preciso definir a prioridade do povo. Eliana é uma mulher que confio, que meu avô confiava e que minha avó confia. A gente escolheu ela”, disse Joaquim Roriz Neto na publicação.
Rodrigo Rollemberg (PSB) investiu em impulsionar os conteúdos das agendas, as caminhadas, rodas de conversa e os compromissos ao longo da campanha. No Instagram, manteve stories e, no Twitter, os principais comentários do desenrolar da política local.
O postulante à reeleição declarou, até o momento, ter usado R$ 70 mil para impulsionamentos de conteúdos. “O investimento em impulsionamentos é uma das novidades desta campanha eleitoral e atendeu às expectativas projetadas”, afirmou a assessoria do candidato.
Ibaneis Rocha não tem muitas postagens por dia. Geralmente, uma ou duas, mas foca em vídeos com linguagem direta para a população, publica notícias e tem aproveitado o crescimento meteórico nas pesquisas de intenções de voto para expor a situação nas redes sociais. Publicou prints de reportagens com os dados.
Ao todo, a equipe de Ibaneis destinou R$ 50 mil às redes sociais. “A gente tenta fazer uma rede social mais próxima do eleitor. Tem produção de vídeo, de post, mas a nossa intenção é mostrar as propostas e o nome dele. Ele é novo na política, muita gente não o conhece ainda”, disse o coordenador de comunicação de Ibaneis, Paulo Pestana.
Sem muito dinheiro para investir na campanha como um todo, Alexandre Guerra (Novo) gastou R$ 30 mil dos R$ 277 mil de recursos arrecadados com as redes sociais. “A campanha dele é baseada nas mídias sociais. Ele não tinha tempo de TV. Essa foi a única forma que encontramos de alcançar a população”, afirmou a assessoria do candidato.
Confira os números:
Rogério Rosso (PSD): R$ 210.050,00
Eliana Pedrosa (Pros): R$ 100.000,00
Rodrigo Rollemberg (PSB): R$ 70.000,00
Ibaneis Rocha (MDB): R$ 50.000,00
Alexandre Guerra (Novo): R$ 30.000,00
Os postulantes que participarem apenas do primeiro turno das eleições têm até 6 de novembro para apresentarem as prestações de contas à Justiça Eleitoral.