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“Ele agonizou”, diz mulher sobre jovem morto em Águas Claras

Testemunha acompanhou socorro a Rodrigo Borges, que tentou evitar fuga de assaltante e foi assassinado

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1 de 1 Rodrigo-assassinado - Foto: Reprodução

A reação a um assalto terminou com a morte de Rodrigo Souza Borges (foto em destaque), 25 anos. A vítima perdeu a vida após ser esfaqueada por um suspeito de roubo à Drogaria Pacheco na Avenida Boulevard Norte, em Águas Claras, na noite de quinta-feira (17/10/2019). Testemunhas disseram que o rapaz estava entre as pessoas que tentaram evitar a fuga do acusado de roubo. Ele teria dado um chute em Joelton Alves da Silva, 37, e, na hora que caiu, levou os golpes.

Aline Brandão, 39, presenciou o socorro a Rodrigo. Ela diz ter ficado iluminando o rapaz com a lanterna do celular, para que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fizesse os primeiros atendimentos. “Ele falava: ‘Não consigo respirar’. E a gente dizia ‘não dorme, não dorme’, tentando mantê-lo acordado. Ele agonizou”, conta. Rodrigo morreu na sala de cirurgia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

A confusão ocorreu por volta das 23h. A Polícia Militar foi acionada por testemunhas que viram o bandido assaltar o estabelecimento e ser imobilizado por populares que passavam pelo local. Tão logo chegaram ao endereço, os militares tomaram conhecimento de que o suspeito estava com uma faca e teria ferido duas pessoas que tentaram impedir sua fuga.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram populares agredindo o suspeito, perto da Rua 17. O assalto ocorreu perto dali. No momento, havia quatro funcionários e nenhum cliente na farmácia. De acordo com testemunhas, o suspeito entrou no estabelecimento e carregou R$ 147. Ele foi interceptado logo depois.

De acordo com a polícia, antes de assaltar a drogaria Pacheco, Joelton conferiu se não havia movimento no local. Ele simulou uma compra e pediu para passar no cartão, que foi recusado. Depois, exigiu que o funcionário colocasse todo dinheiro do caixa na mesa, para que ele pegasse. O assaltante apenas fez um movimento com a mão na blusa, indicando que estaria armado.

Além de Rodrigo, Daniel Sampaio Pinho, 28, que trabalha no food truck do Miquéias, foi esfaqueado. Ele foi levado ao hospital, mas não corre risco de morrer. Rodrigo não teve a mesma sorte. Ele levou duas facadas e não resistiu. Joelton vai responder por roubo, homicídio qualificado e outra tentativa de homicídio.

Rodrigo era entregador de aplicativo de comida e estudava educação física na Uniplan. Inclusive uma camiseta preta com o nome do curso ficou caída no local onde ocorreu o assassinato. Já o suspeito, segundo consta na ocorrência policial, trabalhava como auxiliar de serviços gerais na mesma faculdade particular.

Ele morava com a avó em Águas Claras e fazia entregas para ajudar no sustento da filha, de dois anos. Segundo a família, o jovem tinha o sonho dar aulas para crianças autistas.

Ele foi agredido a pauladas e chutes após pessoas que passavam no momento na Rua 18 Norte gritarem: “Pega, ladrão”. A partir daí, alguns entregadores de aplicativo e pedestres avançaram no homem, para tentar linchá-lo. Ele reagiu e esfaqueou as vítimas.

“Me ligaram dizendo: ‘O Rodrigo morreu’. Recebi a notícia e não acreditei. A gente conseguiu ouvir o tumulto todo, eu estava trabalhando até tarde no dia ali perto”, comentou um dos amigos da vítima, bastante abalado. “Ainda não caiu a ficha. Pena que, mesmo falando todas essas palavras, ele não vai mais voltar”, acrescentou. Após ser espancado, o suspeito foi preso e levado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

O velório será neste sábado sábado (19/10/2019), às 11h, na Capela 6 do Campo da Esperança de Asa Sul.

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Marcas de sangue no local do crime
Crime ocorreu na noite de quinta-feira (17/10/2019) em Águas Claras
Momento em que populares tentam conter a fuga de suspeito de assalto
Suspeito foi agredido a pauladas e chutes
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Camiseta ficou caída no local do crime

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Marcas de sangue no local do crime

Jak Spies/Metrópoles
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Crime ocorreu na noite de quinta-feira (17/10/2019) em Águas Claras

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Momento em que populares tentam conter a fuga de suspeito de assalto

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Suspeito foi agredido a pauladas e chutes

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Suspeito em farmácia de Águas Claras

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Tiroteio assusta

Em agosto deste ano, um tiroteio na Rua 14 Sul, em plena luz do dia, também levou pânico aos moradores de Águas Claras. Os disparos foram feitos por volta das 16h, em lugar movimentado, repleto de prédios residenciais e comerciais e uma escola particular. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, os tiros ocorreram após abordagem a um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. Muitas viaturas foram deslocadas ao local e um helicóptero sobrevoou a região.

Um dos projéteis passou a centímetros de Denilson Ribeiro, 25, motorista que fazia entregas para um supermercado da região. O profissional registrou imagens do buraco da bala na lataria da porta do veículo. Ele gravou um vídeo mostrando-se agradecido por ter escapado. “Estou em estado de choque”, disse, na ocasião.

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