“Elas vão sair dessa”, diz ministra em visita a crianças atropeladas
Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humano, Cristiane Britto, esteve no Hospital de Base na tarde desta terça-feira (24/5)
atualizado
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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, visitou, nesta terça-feira (24/5), as crianças atropeladas por um motorista embriagado no domingo (22/5), em Ceilândia. Quatro das meninas ainda estão internadas, no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Três, em estado grave.
“Não foi fácil vê-las naquela condição. Eu me coloco no lugar dessa mãe, pois eu sou mãe. O estado é grave, mas a gente tem fé de que elas vão sair dessa”, disse Cristiane.
Ana Julia e Bruna Raquel, ambas de 6 anos, e Sofia Valentina, de 4, estão intubadas. O quadro clínico delas é grave e preocupante, segundo a equipe médica. Ester Isabely, 10, estava no Hospital Regional da Ceilândia (HRC), mas foi transferida ainda na manhã de segunda-feira (23/5) para o Base. No local, ela aguardou até o fim da tarde por uma vaga na UTI. A criança estava com suspeita de sangramento na cabeça e dificuldades de reconhecer os familiares, mas não precisou ser intubada.
Maria Eduarda, 10, estava internada no HRC e recebeu alta na tarde dessa segunda-feira. A criança sofreu apenas escoriações pelo corpo e lesões leves.
“Eu vim para nos colocar à disposição enquanto governo federal. Temos nossas limitações, mas a gente quer saber o que essa família está precisando, como essas crianças estão, dizer para elas que não estão sozinhas, que o ministério vai acompanhar de perto o caso e cobrar aplicação da lei com o maior rigor possível. É um momento difícil, essas famílias precisam de um amparo e acolhimento. É nesse sentido que vim aqui hoje”, disse a ministra.
Além da solidariedade, a ministra cobrou um endurecimento da lei. “Será que não é hora da gente pensar em uma legislação mais severa? Em casos como esse, onde a gente vê crianças inocentes nessa situação por conta de uma pessoa que irresponsavelmente ingeriu bebida alcoólica”, questionou.
Francisco Manoel da Silva, 53 anos, dirigia sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em alta velocidade e bêbado. Ele chegou a fugir do local do acidente, mas foi perseguido e impedido por motoboys que presenciaram o crime. Populares tentaram linchar o homem, mas foram impedidos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que deram voz de prisão ao motorista.
O acusado passou por audiência de custódia na manhã desta terça-feira e a Justiça decidiu mantê-lo preso. A juíza Monike de Araújo Cardoso Machado, que proferiu a decisão, chamou atenção para o caráter doloso do crime – quando o agente prevê o resultado lesivo de sua conduta e, mesmo assim, leva-a adiante.
Francisco já havia sido preso anteriormente por agredir a companheira e o filho, de 14 anos. Em 3 de janeiro do ano passado, ele foi autuado, em flagrante, por injúria, ameaça e lesão corporal no âmbito da Lei Maria da Penha. Em depoimento à polícia, a vítima contou que, há seis anos, o suspeito começou a beber e ficou agressivo.
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