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Eixão do Lazer: veja como foi o primeiro domingo após restrições

É o primeiro fim de semana do Eixão do Lazer após medida do GDF que proibiu a venda de bebida alcoólica e restringiu apresentações musicais

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Imagem colorida de uma apresentação cultural de dança e música
1 de 1 Imagem colorida de uma apresentação cultural de dança e música - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

No primeiro fim de semana após a imposição de novas medidas para uso e ocupação do Eixão do Lazer, moradores do Distrito Federal se reuniram na altura da 207 Norte neste domingo (8/9). Os brasilienses se dividem entre opiniões contra e a favor da medida que alterou o modo de operação dos ambulantes no local, proibindo, por exemplo, a venda de bebida alcoólica. Também teve fanfarra e faixas de protesto.

Veja abaixo:

Nascido e criado em Brasília, o músico e empresário Rafael Maranhão, 40, acredita que a proibição relacionada à venda de bebida prejudica o vendedor ambulante. “Essa medida inibe a periferia de vir aqui vender, trabalhar, fazer aquela grana a mais para compor a renda no fim do mês”, afirma.

Para Maranhão, a cultura local também acaba sendo impactada negativamente com as alterações. “Brasília já tem a pecha de cidade-dormitório, toda vez que as pessoas tentam perpetuar atividades culturais, alguma medida impede”, lamenta o empresário.

O servidor público federal Fábio Leite, 53, é natural do Rio Grande do Sul e mora no Distrito Federal há cinco anos. Desde que chegou à capital do país, Fábio tem frequentado o Eixão do Lazer quase toda semana. “Gosto muito da interação cultural que tem aqui. A galera curtindo, passeando, andando, correndo… é tudo muito legal.”

Fábio é a favor de que haja um consenso entre poder público e comerciantes para a continuação do Eixão do Lazer. “Existem normas legais [a serem cumpridas]. É preciso entender o que estão exigindo e tentar conciliar”, pondera. “Isso aqui não pode parar, é identidade da cidade.”

A estudante de artes cênicas Malu Ramos, 19, frequentava o Eixão do Lazer até pouco tempo, antes de se mudar para o Rio de Janeiro para estudar. “Lá no Rio, eles fecham a avenida Vieira Souto todo domingo e não há esse tipo de reclamação, é bem normal”, cita. A estudante de enfermagem Luiza Gusmão, 19, é moradora da Asa Norte e diz que o Eixão do Lazer não chega a causar transtornos. “Eu moro na 211 Norte e o som não incomoda.”

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Diversas fanfarras se juntaram para fazer apresentação
Protesto começou no início da tarde
Fábio Leite, 53 anos
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Venda de bebida alcoólica é proibida, mas o público pode levar para consumo próprio

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Diversas fanfarras se juntaram para fazer apresentação

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Protesto começou no início da tarde

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Fábio Leite, 53 anos

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Malu Ramos, 19 anos, e Luiza Gusmão, 19

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Público se reuniu na altura da 207 Norte neste domingo (8/9)

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Houve protestos contra a medida do GDF e declarações do governador Ibaneis Rocha (MDB)

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Mesmo após imposição do GDF, alguns ambulantes se arriscaram a vender bebida alcoólica

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Medidas questionadas

A fiscalização polêmica do Governo do Distrito Federal, ocorrida no último domingo (1º/9), foi questionada pela população durante a semana. Um dos pontos polêmicos é sobre a apresentação de grupos e produtores musicais, que agora vão precisar pedir autorização ao Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) para tocar.

A cada fim de semana, será permitido apenas três ou quatro eventos musicais, no máximo. Os artistas serão alocados em áreas em que não há quadras residenciais próximas, para evitar incomodar os moradores.

Outro tópico que vai passar por regulamentação é a presença de ambulantes. A cada semana, interessados em trabalhar no Eixão do Lazer no domingo seguinte deverão pedir autorização ao DER-DF. Para ter a autorização, é necessário estar cadastrado junto ao departamento e com os documentos em dia — o que pode ser feito no site do órgão.

A intenção, segundo o DER-DF, é organizar e evitar a lotação do local. Segundo o diretor-presidente Fauzi Nacfur Júnior, quem realizar o cadastro até a quinta-feira anterior pode conseguir a autorização — que não é vitalícia e deve ser renovada a semanalmente.

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