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Volta às aulas na rede pública do DF tem 3.700 professores temporários

Além do déficit de docentes nas escolas, ano letivo começa com ameaça de greve e racionamento de água

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A rede pública do Distrito Federal inicia nesta sexta-feira (10/2) o ano letivo de 2017 com 3.700 professores temporários em sala de aula. Ele vão substituir docentes de licença, recém-aposentados e servidores concursados que ocupam cargos de chefia nas escolas, como diretores e vice-diretores. Eles foram contratados por concurso simplificado. A carga horária pode ser de 20 horas ou de 40 horas, dependendo do empenho do professor que o temporário irá substituir.

A falta de professores não é o único problema da Secretaria de Educação neste início de ano. Os professores fazem assembleia na próxima segunda-feira (13), com indicativo de greve, reivindicando reajuste salarial. Hoje, o salário base de um professor no DF é de R$ 4,8 mil, mais benefícios.

Entre os pleitos da categoria está o pagamento da última parcela do reajuste salarial, que deveria ter sido creditada na conta dos servidores do GDF em setembro de 2015, além de um aumento de 18% acordado com a categoria anteriormente.

Outra questão que pode comprometer o ano letivo é o racionamento. Das 667 escolas da rede pública, em pelo menos 18 não existem caixas de água, o que impede o abastecimento nos dias em que o fornecimento for suspenso pela Caesb.

Sobre o racionamento, o secretário de Educação Júlio Gregório disse que existem 10 escolas em regiões onde ocorre o racionamento que não possuem caixa d’água: “Elas já estão recebendo os equipamentos e, nos dias em que houver racionamento, a Caesb irá disponibilizar caminhões-pipa para que as unidades de ensino não fiquem sem água. Os trabalhos estão sendo feitos para que o problema seja minimizado”.

Estrutural
A abertura do ano letivo foi feita pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) nesta manhã, na Escola Classe 1 da Estrutural, fechada em 2012, quando o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil constataram a alta concentração de gás metano no prédio.

Foram investidos cerca de R$ 500 mil em obras para a instalação de equipamentos de filtragem de ar. As intervenções permitiram que os 1,1 mil estudantes da educação infantil e do ensino fundamental voltassem a ter aula no local. “É uma alegria muito grande poder recuperar esse espaço. Agora, as crianças da Estrutural poderão estudar perto de casa”, disse o governador.

De acordo com Rollemberg, a reabertura também traz economia para os cofres públicos. “O DF gastava R$120 mil por mês com aluguel de um espaço e algo em torno de R$ 400 mil por ano com transporte escolar para atender essas crianças em outras unidades”.

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